Cristina Serra

Paraense, jornalista e escritora. É autora de "Tragédia em Mariana - A História do Maior Desastre Ambiental do Brasil". Formada em jornalismo pela Universidade Federal Fluminense.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Cristina Serra
Descrição de chapéu jornalismo

Despedida

Vou assumir novos desafios, sempre na trincheira pela democracia

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comecei a escrever na página A2 da Folha em janeiro de 2020, coincidindo com os anos mais tormentosos da vida brasileira desde a volta da democracia, na década de 1980. Eu sabia que passava a ocupar um espaço prestigiado e de grande repercussão, mas o que veio a seguir ultrapassou minhas melhores expectativas.

O encontro com os leitores foi uma oportunidade privilegiada de receber críticas e contribuições valiosas que enriqueceram minhas reflexões sobre o Brasil e, sobretudo, me ajudaram a continuar navegando na tempestade furiosa que se abateu sobre nós nos últimos quatro anos.

A jornalista Cristina Serra durante a Flip 2019, em Paraty - Eduardo Anizelli - 13.jul.19/Folhapress

Foi uma troca tão proveitosa que, por sugestão de alguns leitores, dela nasceu o livro "Nós, Sobreviventes do Ódio" (ed. Máquina de Livros), seleção de artigos aqui publicados. A coincidência, acidental, do lançamento com minha despedida não deixa de ser a melhor forma de agradecer a todos que me acompanharam até aqui.

O livro é também um reconhecimento à relação de lealdade e confiança construída com a Folha. Nesse espaço, me permiti refletir sobre o papel do jornalismo nestes anos conturbados, tendo feito críticas, inclusive, ao próprio jornal. Devo dizer que a Folha as recebeu reafirmando seu compromisso irretocável com a autonomia dos colunistas.

Tive ainda o prazer de participar da comissão julgadora do Prêmio Folha de Jornalismo 2022, tarefa de enorme responsabilidade diante da excelência dos concorrentes. A soma dessas experiências me proporcionou um reencontro com a garota que fez vestibular para jornalismo no já longínquo 1979, acreditando na profissão como uma ferramenta para a edificação e o aperfeiçoamento permanente da democracia.

A reconstrução do país vai nos tomar muito tempo e esforço. A extrema direita constitui, hoje, força catalisadora de ódios no Brasil. Despeço-me para assumir novos desafios, sempre na trincheira pela democracia. Muitíssimo obrigada a todos e vamos em frente!

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.