Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Indústria do pneu tem recuperação rápida e busca regularizar fornecimento a montadoras

Demanda é maior entre as fabricantes de veículos de carga

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A indústria de pneus vive dias semelhantes ao período que antecedeu a pandemia de Covid-19. A recuperação acelerou neste último quadrimestre de 2020, e a distribuição para montadoras e mercado de reposição está sendo normalizada.

As vendas em todas as categorias de pneumáticos somaram 47 milhões de unidades entre janeiro e novembro, uma queda de 14,7% em relação ao mesmo período de 2019. Os dados são da Anip, associação que representa a indústria do pneu.

Apesar da retração, o resultado é melhor do que o esperado, com forte alta nos últimos quatro meses. Os números de vendas nesse período são praticamente os mesmos registrados em 2019.

“A demanda na reposição não parou, porque o transporte também não parou”, diz Klaus Curt Müller, presidente-executivo da Anip.

 Ford EcoSport Titanium
Roda e pneu do utilitário esportivo Ford EcoSport Titanium - Divulgação

Mas houve momentos de tensão. As montadoras reclamaram da falta de pneus –foi a segunda queixa mais ouvida neste trimestre, atrás apenas da escassez do aço.

A Anip admite que houve restrições de oferta surgidas como consequência da pandemia. As fabricantes do setor precisaram se adaptar à nova realidade, com limitações sanitárias nas linhas de produção em paralelo ao aumento da demanda, principalmente no setor de transporte de mercadorias.

A venda de pneus para montadoras que produzem veículos de carga cresceu 14% na comparação entre os períodos de janeiro a novembro deste ano e de 2019. A alta foi ainda maior na comercialização para o mercado de reposição: 22,9% de crescimento.

“Há um retorno em V muito claro, não demitimos ninguém. Já retornamos aos pontos mais altos, com recorde de vendas para o setor de veículos pesados”, afirma Müller.

O presidente-executivo da Anip evita fazer previsões para 2021, mas acredita que, ao menos, os resultados de 2019 serão repetidos.

Mas há também o problema dos custos: a matéria prima para produção de pneus é dolarizada. Com a desvalorização do real perante à moeda americana, o reflexo aparece em aumentos de preço para montadoras e consumidores que buscam componentes para reposição.

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