Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Há 30 anos, Ayrton Senna lançava a Audi no Brasil

Piloto promoveu festa apresentada por Jô Soares e teste com os carros em março de 1994

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O lançamento da Audi no Brasil completa 30 anos nesta sexta (29). A apresentação oficial da marca alemã foi feita em uma festa para 2.000 convidados, realizada no então hangar da Varig, no aeroporto de Congonhas (zona sul de São Paulo). O anfitrião foi Ayrton Senna.

Era a confirmação de um negócio fechado em novembro de 1993, em Ingolstadt, cidade-sede da montadora. Em parceria com o empresário Ubirajara Guimarães, o piloto assinou o contrato que garantia exclusividade na importação de modelos da fabricante.

Ayrton Senna participa do lançamento da Audi no Brasil, em março de 1994 - Toni Pires - 29.mar.1994/Folhapress

Senna chegou ao evento ao volante da perua S4 com placa personalizada BSS-8855 –letras que fazem referência ao apelido de infância e a seu sobrenome: Beco Senna da Silva.

Parte da apresentação coube a Jô Soares, que entrou no hangar a bordo de um Audi 80 Cabriolet. O carro estava em um avião cargueiro. Além desse conversível e do S4, havia outros modelos em exposição, como o sedã 100, avaliado em US$ 66 mil na época.

A Senna Import anunciou um investimento de US$ 5 milhões, sendo que metade seria direcionada para campanhas publicitárias e eventos.

Nessa primeira fase, foram nomeadas oito concessionárias, espalhadas pelas cidades de São Paulo, Guarujá, Recife, Curitiba, Brasília e Belo Horizonte. Havia ainda carros exibidos em lojas da Volkswagen em algumas capitais.

Os primeiros automóveis foram apresentados por Senna no dia 30 de março, em um evento voltado a jornalistas no Autódromo de Interlagos (zona sul de São Paulo). Ele voltava ao circuito três dias depois de rodar na pista e abandonar o Grande Prêmio do Brasil, primeira etapa do campeonato. Michael Schumacher foi o vencedor da prova.

Após as apresentações, o piloto voltou à rotina de viagens que fazem parte do calendário da F1. A segunda corrida aconteceu no dia 17 de abril de 1994: o Grande Prêmio do Pacífico, no Japão. Nessa prova, a Williams FW16 do brasileiro foi atingida pela McLaren de Mika Hakkinen e pela Ferrari de Nicola Larini logo na largada.

Mais uma vez, Senna teve de abandonar a corrida –novamente vencida por Schumacher. A etapa seguinte foi o GP de Ímola, na Itália, no dia 1° de maio de 1994.

Na sétima volta, a Williams colidiu de frente com o muro na curva Tamburello. Senna foi o segundo piloto a morrer naquela etapa da F1. O primeiro foi Roland Ratzenberger, da equipe Simtek, durante os treinos da sexta-feira.

A história da Audi no Brasil continuou. No lançamento, a expectativa era vender 1.000 unidades até abril de 1995, quando seriam completados 12 meses de atividades. Em dezembro de 1994, a empresa já acumulava 1.474 veículos comercializados, segundo dados da Abeiva (associação dos importadores).

A família Senna esteve à frente dos negócios até 1999. Naquele ano, a Audi –que iniciava a produção do hatch A3 em São José dos Pinhais (PR)– fechou um acordo e se tornou a controladora da marca. Em 2005, a montadora alemã assumiu toda a operação.

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