Eduardo Sodré

Jornalista especializado no setor automotivo.

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Queda da inadimplência e promoções melhoram oferta de crédito no setor automotivo

Valor liberado para financiamentos chegou a R$ 127,3 bilhões no primeiro semestre; montadoras reduzem taxas

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Os bancos estão mais animados com o setor automotivo. Segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), a liberação de crédito para financiamento chegou a R$ 127,3 bilhões no primeiro semestre, uma alta de 33,2% em relação ao mesmo período de 2023.

O saldo total das carteiras atingiu R$ 449,9 bilhões, um aumento de 15,7% sobre os seis primeiros meses do ano passado.

Um dos motivos para o resultado é a queda na inadimplência. De acordo com a Anef, os contratos com atrasos acima de 90 dias passaram de 5,5% para 4,5% do total no primeiro semestre.

Foto de salão com carros de concessionária da rede Chevrolet na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo
Concessionária da rede Chevrolet na Freguesia do Ó, zona norte de São Paulo - Keiny Andrade/Folhapress

"Trata-se de uma boa notícia, pois mais brasileiros estão conseguindo honrar seus compromissos, quando quase metade dos carros novos voltam a ser financiados", diz, em nota, Paulo Noman, presidente da Anef.

A taxa de juros anual se manteve em 20,96%, e a mensal ficou em 1,57%.

Há, contudo, campanhas feitas por bancos ligados às montadoras, como financiamento subsidiado e "taxa zero" para alguns modelos mediante entrada mais alta e prazos de até 24 meses. O objetivo é aquecer o varejo e reduzir a dependência das vendas para locadoras.

"Os bancos de montadoras, pela natureza do negócio, são capazes de trabalhar de forma muito competitiva, com a realização de campanhas atraentes", afirma Noman no comunicado enviado pela Anef.

A Anef diz ainda que o índice de carros financiados subiu para 49% no primeiro semestre. É a participação mais alta desde 2020, quando estava em 52%. As compras à vista corresponderam a 47% do total. Os 4% restantes couberam aos consórcios.

Segundo a Anfavea (associação das montadoras), as vendas somaram 1,39 milhão de unidades no acumulado do ano, com alta de 13,2% sobre o mesmo período de 2023. A conta inclui carros de passeio, comerciais leves, ônibus e caminhões.

"O crescimento das vendas acontece no momento em que as vendas para locadoras foram inferiores ao que vinha sendo registrado, o que demonstra, realmente, a compra pelo consumidor final", afirma Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea.

Leite diz que a associação das montadoras se reuniu com a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) há cerca de um mês para entender como funciona o spread (diferença entre o custo de captação de recursos pelos bancos e os juros cobrados ao tomador de empréstimos).

"A taxa Selic é um dos pontos [que influenciam o spread bancário], e a inadimplência é outro. A nossa expectativa é que o novo marco das garantias [que facilita a retomada de bens] fará com que a taxa caia bastante", diz o presidente da Anfavea.

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