Joe Biden entrou na Casa Branca em janeiro. Prometeu vacinas e entregou. Anunciou um auxílio emergencial e entregou. Apresentou um projeto de reconstrução da infraestrutura do país e talvez entregue.
Até aí seria apenas um reflexo da qualidade da máquina administrativa americana.
A grande diferença entre o atual presidente, o doidivanas que o antecedeu e alguns similares espalhados mundo afora está em outro lugar: Biden não se meteu em brigas inúteis e despropositadas.
Aviso chinês
Com a devida discrição, sem deixar rastro nas formalidades diplomáticas, a China avisou ao governo brasileiro que, enquanto Ernesto Araújo estivesse no Itamaraty, seria impossível evitar o aparecimento de entraves burocráticos no fornecimento de vacinas.
Frick Collection
O acervo da Frick Collection, de Nova York, mudou-se temporariamente para o prédio modernoso que abrigou o Whitney Museum. Um desastre. O exibicionismo arquitetônico abafou o ar doméstico que a casa do milionário Henry Frick oferecia.
A Frick era o museu onde Paulo Francis se abrigava na caminhada até o Metropolitan, depois de almoçar no Bravo Gianni. No inverno, aquecia-se. No verão, refrescava-se.
Em tempos de pandemia, a Frick oferece um site de alta qualidade para visitas virtuais. Além disso, toda sexta-feira tem palestras com um curador falando de uma peça. Está no ar uma apresentação do monumental autorretrato de Rembrandt.
(Infelizmente, em inglês, felizmente, com a opção de legendas.)
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