Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

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Lula não tem sorte quando fala do passado da China

Presidente disse que 'faz muitos anos que a China não faz guerra'

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Lula não tem sorte quando fala do passado da China. Em 2003, ele disse por duas vezes que Napoleão Bonaparte esteve na Terra do Meio. Isso nunca aconteceu.

Agora, no meio de suas falas sobre a guerra da Ucrânia, ele disse que "faz muitos anos que a China não faz guerra".

Fica a impressão de que, desde o fim da Segunda Guerra, a China deixou os outros em paz. Em 1950, ela entrou na guerra da Coreia e, em 1959, anexou o Tibet.

O líder da China, Xi Jinping, e Lula são acompanhados de suas respectivas esposas, Peng Liyuan e Janja, durante cerimônia de boas-vindas ao presidente brasileiro no Grande Salão do Povo, em Pequim - Ricardo Stuckert - 13.abr.23 / Presidência da República/Divulgação

Em 1979 a China invadiu o Vietnã com centenas de milhares de soldados. Nas palavras de Deng Xiaoping, "a China precisa ensinar uma lição ao Vietnã". O ataque tentava dar uma solução de força a disputas fronteiriças e não saiu como Deng esperava. As relações entre os dois países só se normalizaram em 1991.

Monopólio sindical

Pelo andar da carruagem, o Supremo Tribunal Federal recriará o imposto sindical com o nome de contribuição, para remunerar a atividade das guildas nas negociações com os patrões.

Antes da reforma de Michel Temer, os trabalhadores eram obrigados a dar um dia de serviço aos sindicatos. Com o fim do imposto, as caixas secaram. A ideia da cobrança de uma contribuição aos trabalhadores, sindicalizados ou não, está no Supremo.

O professor José Pastore disse tudo ao tratar do assunto. A questão não está na contribuição em si, mas no monopólio sindical:

"Na maioria dos países democráticos, há mecanismos para a viabilização das atividades ligadas às negociações coletivas de trabalho.

Na organização sindical desses países, o conceito de representatividade é crucial. Ele diz respeito à legitimidade e à aceitação dos sindicatos por parte dos seus representados. (...)

Quando eles perdem a confiança dos representados, estes podem se associar a outro sindicato ou criar um novo. É o sistema de liberdade e pluralidade sindical. No Brasil, não existe a exigência de representatividade. (...)

Na unicidade sindical, como praticada no Brasil, o sistema é monopolista e garantido para o resto da vida. Os descontentes não têm aonde ir."

Apagão

Nos próximos quatro domingos, o signatário usufruirá de um apagão pessoal.

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