Elio Gaspari

Jornalista, autor de cinco volumes sobre a história do regime militar, entre eles "A Ditadura Encurralada".

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Elio Gaspari

As coisas vão mal no ministério de Lewandowski

Ministro anuncia mais um grande plano em meio a desorganização da pasta

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, anunciou mais um grande plano para a segurança pública. Mais um.

Para quem acompanha o funcionamento de sua pasta, faria melhor se organizasse sua tropa. Lá, as coisas vão mal, começando pela desordem das agendas, que submetem visitantes (até ilustres) a constrangedores chás de cadeira.

Homem branco com cabelo branco e expressão séria. Ele usa terno preto, gravata vermelha e camisa social branca
O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski durante cerimônia no Palácio do Planalto - Evaristo Sa - 17.jun.24/AFP

Os hierarcas de Brasília acham que mandam. Deveriam guardar na memória um acontecimento de 1966. Num choque do presidente Castelo Branco com Adauto Lúcio Cardoso, presidente da Câmara dos Deputados, o marechal resolveu fechá-la.

Para esvaziar o prédio, decidiram cortar-lhe a energia. À hora em que a luz seria cortada, pelo menos dois poderosos foram para a janela do Planalto para ver a cena.

Apagaram-se as luzes do Planalto.

Bolsonaro imutável

Jair Bolsonaro não muda. Descobriu uma maneira de implicar com a senadora Tereza Cristina a partir de uma questão municipal de Campo Grande (MS).

Buscetta e Pasquino

No século passado a temida polícia do delegado Sérgio Fleury interrogou o mafioso italiano Tommaso Buscetta à sua maneira e dele nada arrancou. Isso se deveu em parte à omertà do mafioso e também ao fato de que ele não operava com a bandidagem brasileira.

Anos depois, Buscetta fez acordos com o Ministério Público italiano e com a polícia americana, detonando a Máfia.

O caso de Vincenzo Pasquino é inverso, o mafioso tinha conexões e negócios com as quadrilhas do Primeiro Comando da Capital e do Comando Vermelho.

Se a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal se organizarem direito, ele poderá entregar as conexões do crime organizado brasileiro com pedaços do andar de cima.

Em tempo, assim como fizeram no caso da vereadora Marielle Franco, os maganos já estão trabalhando para embaralhar as investigações.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar sete acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.