Se você é dos que acordam cedo mesmo no domingo, ok.
Tome seu café calmamente, leia o jornal e prepare-se ou para ver o jogo pela TV, o mais confortável, ou rume para Itaquera, na zona leste da capital, o mais emocionante.
Claro, a segunda opção só se você for corintiana ou corintiano porque, graças ao genial hoje ministro do STF, Alexandre de Moraes, o clássico mais antigo de São Paulo é para torcida única, medida instituída por ele quando secretário paulista da Segurança.
Se você acorda mais tarde, corra. O jogo está começando, às 11h.
E se gosta de aproveitar as manhãs de domingo para dormir, lamento, o jogo acabou.
Como foi? Não sei.
O que sei sem medo de errar é que se trata do 203º jogo entre os dois alvinegros pelo campeonato estadual, o 337º na história, com 23 vitórias a mais para o clube da capital, 131 a 108.
Mesmo no estadual, apesar de 11 anos sem vencer entre 1957 e 1968, a vantagem corintiana é de 20 triunfos.
É possível que você ouça na transmissão alguma pequena diferença nos números. Não acredite. Os aqui citados são do Almanaque do Timão, do jornalista e pesquisador Celso Unzelte, um aplicativo que todos os grandes clubes brasileiros deveriam ter e só o Corinthians tem, talvez por Unzelte ser da Fiel. Também não sei, nunca perguntei...
São números, apenas números, contam a história de ontem, nenhuma influência neste domingo (2).
Talvez você esteja pensando que fazer jogos às 11 horas no verão é desumano com os jogadores, embora os torcedores pareçam gostar porque o dia fica mais comprido.
Ou vai ver você é daqueles que argumentam com os salários dos jogadores e com a experiência pessoal de bater sua bolinha e nunca ter morrido por causa disso.
No primeiro caso, você está certo: é desumano.
No segundo, você só pode estar zoando. Comparar a sua pelada com jogo entre profissionais só pode ser brincadeira, desculpe, coisa de quem acha que a bola é plana.
O Corinthians, como você sabe, vem de derrota, e o Santos de vitória.
É possível que Tiago Nunes poupe
jogadores porque seu time jogará no meio da semana contra o Guaraní paraguaio pela chamada pré-Libertadores, clube que já o eliminou em 2015.
O Santos não terá tal problema e poderá até contar com o endiabrado Soteldo, que vem fazendo falta ainda mais porque Marinho se machucou.
Na derrota corintiana para a Ponte Preta o alento esteve na presença do colombiano Victor Cantillo. O camisa 24 acertou o passe e tomou conta do jogo ao entrar no segundo tempo, depois que, no primeiro, ficou muito claro não ter o time o talento para sair jogando como faz bem em querer o treinador Tiago Nunes.
Na vitória santista sobre a Inter de Limeira ficou claro que Jesualdo Ferreira é menos ganancioso que Jorge Sampaoli, ou seja, com 2 a 0 o time não vai sair obcecado em busca de mais gols.
Bem, tudo ponderado, é possível dizer que a vantagem do fator casa pode ser anulada pelas circunstâncias do embate.
Para o santista, vencer o maior rival e no estádio dele não tem preço.
Para o corintiano, ganhar do Santos não tem o mesmo gosto de derrotar o Palmeiras ou o São Paulo, coisa, aliás, que deixa o torcedor praiano fulo da vida.
Porque jamais entenderá que no fundo, no fundo, todo brasileiro tem o Santos no coração, tenha ou não visto o Rei Pelé em ação.
Enfim, bom dia! Ou boa tarde
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