Dos cinco maiores favoritos, logo na primeira rodada do Brasileirão-21, o Atlético-MG perdeu, em casa, para o Fortaleza, de virada, 2 a 1; o São Paulo empatou, também em casa, com o Fluminense, 0 a 0; o Grêmio, fora, foi derrotado pelo Ceará, 3 a 2; e o Palmeiras acabou vencido pelo Flamengo, 1 a 0.
Dos cinco, repita-se, só um venceu; o Flamengo.
O tricampeonato brasileiro está no papo?
É claro que não, ainda mais com seus principais jogadores a serviço de inúteis seleções brasileiras e sul-americanas.
Bastou, no entanto, o primeiro grande clássico do campeonato para vermos quem joga para vencer e convencer e quem joga apenas para ganhar.
Depois de primeiro tempo insosso em que o Palmeiras até esteve um pouco melhor, o segundo foi quase todo rubro-negro, porque o alviverde estava feliz com o 0 a 0, por mais que visse sua meta permanentemente em risco.
Até que Bruno Henrique atropelou Gabriel Menino e Luan e deu o 1 a 0 para Pedro aparecer pela segunda vez no clássico, mas com o gol da vitória, já que Gabigol não pôde jogar.
São oito jogos de invencibilidade carioca contra o Palmeiras, com quatro vitórias.
Mas, quem se importa? O palmeirense está feliz com o trabalho de Abel Ferreira.
Ceará forte
O Fortaleza virou para cima do Galo, no Mineirão, com dois gols de Pikachu.
O Ceará fez 2 a 0 no Grêmio, no Castelão, no primeiro tempo, sofreu o empate no começo do segundo e, nos acréscimos, ganhou por 3 a 2.
O futebol cearense, com dois representantes na Série A, tem tudo para se consolidar como o principal do nordeste e superar o da Bahia e de Pernambuco.
Gestão é o nome da mágica. Bons treinadores também.
Gênio da lâmpada
Pep Guardiola exagerou. Talvez pela tentadora vaidade humana, quis ser ainda mais autoral do que já é.
Inventou de mexer no que vinha dando tão certo e mexeu no meio de campo, sem Rodri e Fernandinho, ao enfrentar o sólido Chelsea.
Perdesse com eles e a conta seria debitada às surpresas do futebol que permitem ao pior ganhar do melhor. Mas, não.
Quando quis corrigir já havia perdido Kevin De Bruyne, machucado, o mais sacrificado pela infeliz escalação inicial.
O resultado, justo, de 1 a 0, valeu o título da Champions ao time londrino, motivo de esperança para quem vier a vencer a Libertadores.
Como em 2012, quando o Chelsea era inferior ao Bayern de Munique e ganhou a taça nos pênaltis, para depois perder o Mundial para o Corinthians, há motivo para animar os seis times brasileiros no torneio continental.
E para Guardiola amargar uma decisão mais para Hollywood que para a Catalunha, mais para o professor Pardal que para Pep.
Tanto a roda quanto a lâmpada não precisam que as inventem.
Os gênios também erram, enfim, consolo para os mortais.
Mais processos
Por inspiração, mais uma vez, de Janio de Freitas, o copio sem tirar nem botar: “Subscrevo todos os conceitos e palavras que motivaram Augusto Aras, procurador-geral da República bolsonara, e os senadores Luis Carlos Heinze e Eduardo Girão a agir; o primeiro, policialmente contra Celso Rocha de Barros; e os dois, judicialmente, contra Conrado Hübner Mendes. O sociólogo e o professor de direito são duas esplêndidas conquistas recentes da imprensa, pela inteligência e o rigor ético, admiráveis na Folha”.
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