Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Rodada decisiva do Paulista termina bem para Santos e Palmeiras

O Peixe cairia? O Timão entregaria? O Verdão se classificaria? Haja olho!

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Um olho no peixe, outro no gato, cá entre nós, dá, é até fácil, basta estar atento e rápido.

Tomar conta de dois assuntos simultaneamente não chega a trazer muita dificuldade, embora não seja como andar e mascar chicletes ao mesmo tempo, coisa que o general Pazuello parece ter dificuldade em fazer, mesmo que usar máscara e obedecer o chefe tenha sido impossível.

Quando, porém, além do peixe e do gato tem um terceiro elemento no lance, um porco, as coisas ficam mais complicadas.

Havia um jogo, na Vila Belmiro, que embutia o risco inédito da queda do Santos para a Segundona, situação menos grave que cair no Brasileirão, mas, desagradável. O Peixe tinha de ser visto pela coluna.

Havia outro jogo, em Itaquera, no qual o Corinthians poderia cometer a esperteza de fazer um gato e perder para eliminar o rival Palmeiras do campeonato. A especulada gambiarra tinha de ser fiscalizada.

E havia o jogo, em Campinas, que o Verdão teria de vencer para não ser eliminado independentemente do resultado do Timão. O Porco também merecia atenção.

Homem celebra gol com os punhos cerrados
Estreante Luis Mandaca marca gol da virada na partida entre Corinthians e Novorizontino, pelo Campeonato Paulista, neste domingo (9) - Rodrigo Coca/Agência Corinthians

Ora, bastava o empate para o Santos contra o fraco São Bento. Não faça drama.

Ora, os reservas corintianos serem derrotados pelo Novorizontino não chegaria a surpreender ninguém, porque até os titulares não foram capazes nem de vencer o River Plate, lanterninha do Campeonato Paraguaio. Não seja leviano.

Ora, se os reservas palmeirenses não vencerem a Ponte Preta, a diretoria vai ficar é aliviada por ter uma folga em calendário desesperador. O comando verde fez mal apenas em não deixar isso claro desde sempre. Não exagere.

Só o São Paulo, já garantido como líder na classificação geral não requeria atenção em seu jogo contra o Mirassol, exatamente o tricolor como o time que mais precisa do título, curtindo um jejum desde 2005, período maior que o entre 1957 e 1970, razão pela qual hoje é quem, entre os quatro grandes, tem o menor número de taças estaduais, 21, contra 30 do Corinthians, 23 do Palmeiras e 22 do Santos.

E vieram os três jogos sob a amena temperatura do outono paulista.

Um olho no Peixe, outro no gato, mais um (Qual? E não seja mal-educado) no Porco.

Quando os primeiros tempos terminaram já parecia tudo resolvido e sem nenhuma grande notícia, dessas ruins que vendem jornais e causam crises nos derrotados.

O Peixe e o Porco ganhavam por 2 a 0 e o Timão vencia por 1 a 0, sem dar nenhuma pinta de planejar qualquer falseta para o rival figadal.

E nada nos 45 finais abalou o que veio a manter a normalidade no campeonato dos Bandeirantes, com o Santos mantendo sem sustos o 2 a 0 e o Palmeiras ampliando para 3 a 0 a vitória em tarde de golaço de Gustavo Scarpa e dois passes dele para gols de Willian e Wesley, um Palmeiras pra lá de eficaz, ao fazer os gols sempre que os criou, principalmente no primeiro tempo, quando a Ponte Preta até foi melhor, mas esbarrou em Jailson.

Finalmente, o Corinthians sofreu o empate, mas apenas por dois minutos, porque logo o estreante Mandaca pôs o alvinegro de novo na frente: 2 a 1.

Como visitante, o Palmeiras terá missão árdua nas quartas de final, contra o Bragantino, dor de cabeça para Abel Ferreira.

Se passar, provavelmente enfrentará o Corinthians nas semifinais, o que fará o fiel reclamar do resultado contra o Novorizontino e atrapalhará a vida alviverde

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