Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Descrição de chapéu Copa do Brasil

Times mais populares do país estão perto das finais da Copa do Brasil

O tetra é a meta para Corinthians e Flamengo, que nunca duelaram em decisão importante

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Corinthians e Flamengo estão perto de decidir pela primeira vez entre eles um título importante, o da Copa do Brasil.

A única vez em que fizeram uma final aconteceu em 1991, na segunda edição da Supercopa do Brasil, taça que só voltou a ser disputada em 2020.

Então, no Morumbi, com gol do craque Neto, o Corinthians ganhou por 1 a 0 e foi campeão em jogo único.

Deu-se tanta importância ao jogo que o público presente, na tarde do dia 27 de janeiro, foi de espantosos 2.706 torcedores.

Agora, se de fato vierem a se encontrar, tanto o Maracanã quanto o estádio de Itaquera estarão lotados.

Corinthians deu passo importante para voltar ao Maracanã - Sergio Moraes - 24.ago.22/Reuters

A dúvida que persiste é sobre a presença do Corinthians na decisão porque, embora ferido, o Fluminense não está morto, diferentemente do São Paulo, que buscava o título inédito, no embate com o Flamengo, três vezes campeão, em 1990, 2006 e 2013.

Também tricampeão, em 1995, 2002 e 2009, o Corinthians escapou de ter de repetir, contra um time incomparavelmente melhor e mais bem treinado que o Atlético Goianiense, a façanha de descontar dois gols de desvantagem.

Porque em circunstâncias normais o Fluminense teria vencido o jogo de ida por 3 a 1, e acabou castigado com o 2 a 2 no fim do jogo, porque futebol é cruel, como se sabe.

O clássico no Maracanã com quase 60 mil torcedores foi o chamado jogo dos quatro erros.

Dois de Fagner, com menos de um minuto em cada tempo, um de Nonato, ao achar que Yuri Alberto ainda era companheiro dele no Inter, e outro de Michel Araújo, ao contrariar Fernando Diniz e dar chutão em vez de sair jogando com bola dominada.

Se será simplesmente milagrosa uma virada do São Paulo no jogo de volta, dia 14 de setembro no Maracanã, porque já seria surpreendente se vencesse o Flamengo no Morumbi, a situação do Fluminense é diferente, embora incômoda.

É inegável a força do Corinthians em casa contra times de poderio semelhante porque a Fiel tem empurrado os alvinegros para buscar os resultados de que precisa.

Aquela força estranha invade o ar de Itaquera e, no dia 15 de setembro, dirá presente mais uma vez.

O que resta

O São Paulo tem agora duas missões: despachar o fraco Atlético Goianiense de seu caminho nas semifinais da Copa Sul-Americana e afastar qualquer risco no Campeonato Brasileiro, razão pela qual terá de tratar o Fortaleza com muito cuidado já neste domingo (28).

Se jogar como fez contra o Flamengo, estará próximo de alcançar os dois objetivos, porque mostrou coragem diante de adversário muito superior.

Já o Corinthians tem de continuar concentrado também no Brasileiro em busca de permanecer no G4.

Porque, mesmo que venha a passar pelo Fluminense, apostar em vaga na Libertadores com eventual conquista da Copa do Brasil é sonho que o Flamengo deve transformar em pesadelo.

A diferença do rubro-negro e do Palmeiras para os demais times brasileiros é abissal e impede ilusões, exceção feita à gigantesca decepção chamada Atlético Mineiro.

Duas, por sinal, são as surpresas da temporada: positivamente, o Fluminense, campeão carioca ao superar o Flamengo, além da boa campanha no campeonato nacional e, negativamente, o Atlético Mineiro, que ganhou mais com o Turco Mohamed do que com Cuca, o treinador que deve explicações à sociedade e, agora, também à torcida atleticana, tão pífia tem sido a campanha sob seu comando.

O futebol é mesmo surpreendente.

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