O cretino que apontou uma banana para Felipe Silveira, assessor de Vinicius Junior, está identificado, foi objeto de queixa por parte do craque e de seu estafe e, tomara, será punido pela Justiça espanhola.
Se ele quis fazer graça, que vá fazê-la na penitenciária, lugar ideal para gente como ele.
Dito isso, ponderemos: ridicularizar a campanha "Com racismo não tem jogo" porque teve racismo e teve jogo é desses exageros juvenis que não levam a lugar nenhum
Tornou-se comum confundir ser radical, a pessoa que vai à raiz das questões, com ser extremista.
O radical de verdade repele o radicalismo assim como a pessoa de esquerda detesta o esquerdismo, doença infantil do comunismo, segundo Vladimir Ilyich Ulianov, um tal Lenin (1870-1924).
No caso, ser radical é não conceder um milímetro de compreensão ao gesto odioso e não aceitá-lo como brincadeira sem graça, gesto infeliz do segurança do estádio, porque, afinal, "ele trabalha para a Cruz Vermelha".
Ser extremista é crucificar a campanha que já faz tanto barulho a ponto de levar o presidente da Fifa, Gianni Infantino, ao hotel da seleção brasileira para conversar com os jogadores e convidar Vinicius Junior para comandar um comitê antirracista.
Não perguntem a rara leitora e o raro leitor se cartolas merecerem crédito porque a resposta é óbvia.
Pressionados pelos jogadores, porém, ficam sem saída e têm de se mover.
Com racismo não tem jogo é ato para combater manifestações coletivas como vimos em Valência contra Vinicius Junior.
Estupidezes individuais devem ser punidas com a identificação do estúpido e sua consequente prisão.
Caso contrário, quaisquer beócios poderão paralisar jogos.
E sabemos, como ensinou o jornalista e escritor de mão cheia Geraldo Mayrink (1942-2009), que não há limites para a insânia.
Se apenas um racista tiver o poder de melar o futebol, proliferarão idiotas pelos estádios do mundo. Até eventualmente para paralisar jogo em que seu time esteja perdendo no estádio do adversário.
Bem-vindos os céticos, vade retro o niilismo, segundo o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844-1900), sintoma do adoecimento humano.
Ou apoiamos com firmeza iniciativas antirracistas ou permaneceremos com mais do mesmo, com declarações indignadas como as que têm, há séculos, levado a…nada.
ESQUEÇA O ESCRITO
"Ao que tudo indica, e tomara que não, 2023 marcará o ocaso de três jogadores que foram os números 1 em suas modalidades: o croata Luka Modric, em 2018, o francês Karim Benzema, em 2022 e o estadunidense LeBron James em 2009/10/12 e 13".
No último dia 21 de maio, menos mal que com um "tomara que não", as acachapantes eliminações do Real Madrid do croata Modric e do francês Benzema, na Champions League, e do Los Angeles Lakers, do estadunidense LeBron, na NBA, motivaram, aqui, o parágrafo acima.
Benzema, de fato, aos 35 anos, optou por milionária aposentadoria na Arábia Saudita, onde defenderá o Al-Ittihad.
LeBron, aos 38, ao contrário, emite sinais de que encarará nova temporada.
E Modric, 37, depois do que jogou contra a Espanha na decisão da Liga das Nações, não parece nem um pouco disposto a encerrar o arsenal de feitiçarias de que é capaz.
Mesmo sem levar a seleção croata à conquista de seu primeiro título internacional, o feiticeiro Modric produz rica herança aos compatriotas.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.