O distanciamento social durante a pandemia; o avanço do home office; o aumento de 46% no preço médio da gasolina em 2021, e a nova rodada anual de taxas e impostos (licenciamento e IPVA –Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) estão forçando os brasileiros a avaliar melhor a decisão de ter um carro na garagem.
Os custos são muito elevados, vão continuar subindo –as montadoras têm investido praticamente só em modelos mais caros– e a questão ambiental tem de ser levada em consideração.
Seguros também devem entrar no levantamento de custos, bem como idas periódicas à oficina. Por tudo isso, em grandes metrópoles, quem mora perto de linhas de metrô e de trem urbano deve fazer as contas direitinho antes de comprar um carro.
No ano passado, o automóvel ficou em quarto lugar dentre os sonhos de consumo no Brasil. Isso teria ocorrido porque proporcionaria transporte menos exposto aos riscos da Covid-19. Casa própria, educação e plano de saúde foram os maiores objetos de desejo.
Quem faz questão de ter um veículo para chamar de seu, deveria seguir uma série de cuidados para não estourar o orçamento, ter mais conforto e segurança. São práticas como revisões periódicas e atender às recomendações do manual do proprietário –verificar frequentemente o nível do óleo; calibrar os pneus; fazer alinhamento e balanceamento, trocar os componentes do motor sempre que necessário.
A carona solidária com familiares, vizinhos e colegas (uso alternado do veículo, compartilhando viagens) é uma boa forma de reduzir custos e contribuir para que o trânsito flua melhor em ruas e avenidas.
Para quem não necessita do automóvel diariamente, há opções como locação de veículo, uso de táxi e de serviços de transporte via aplicativo. O transporte coletivo tende a melhorar fora dos horários de pico, dependendo da cidade e do dia. Pedalar é excelente para a saúde, e não polui o ar que respiramos. Além disso, o investimento em bike e acessórios vale por um longo período, e sai muito mais em conta do que os relacionados a um veículo automotor.
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