Mariliz Pereira Jorge

Jornalista e roteirista de TV.

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Influenciadores da desinformação

Não há santos na rede que movimenta bilhões e faz vítimas diariamente

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Uma página com mais de 20 milhões de seguidores publica uma notícia falsa sobre um caso que envolve o humorista Whindersson Nunes. A mulher apontada como affair tira a própria vida depois da exposição. Não se sabe o que aconteceu e como os envolvidos podem ser implicados nessa tragédia. O que é possível afirmar é que, com exceção da garota, não tem santo nessa história.

Sebastien Bozon/AFP

Tudo faz parte de uma rede de desinformação que movimenta bilhões e faz vítimas diariamente. Gente que perde dinheiro, relações familiares, saúde física e mental ao seguir influenciadores irresponsáveis e se informar por meio de perfis que misturam fofoca, entretenimento e "jornalismo".

Páginas como Choquei faturam alto com publicidade, chupando conteúdo de veículos tradicionais e independentes. Os mesmos que perdem assinantes, anunciantes, mas que mantêm grandes estruturas, equipes com profissionais remunerados, que têm obrigação de obedecer boas regras de conduta. Pra quê? Para um Zé qualquer pegar tudo de graça e oferecer "de graça" ao trouxa que acha que não precisa pagar por informação porque tem de "graça".

Se você segue e consome conteúdo de perfis e influenciadores que não se pautam por nenhum tipo de código de ética, seja do jornalismo ou da publicidade, tem culpa. Se acompanha o "noticiário" por meio de um Zé que brinca de analista político, não reclame de fake news e de polarização, assuma sua culpa nessa engrenagem.

Se é uma agência que contrata influenciadores que não têm conhecimento sobre o que falam e responsabilidade sobre o que publicam, tem culpa. Se é uma marca que relaciona a imagem a produtores de conteúdo que sequestram pautas sociais apenas para ganhar dinheiro, tem culpa. Se você é influenciador que fecha parcerias com empresas criminosas, manipula os sonhos, a miséria de seu público, tem culpa, sim.

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