Casas de câmbio brasileiras que vendem o rublo, moeda da Rússia, sede da Copa do Mundo, têm cobrado margens de até 35%.
Sacola meio cheia
O varejo paulista voltou a crescer em 2017 e fechou o ano com alta de 2,5% nas vendas, segundo a ACSP (associação comercial do estado).
Foi o primeiro resultado positivo desde 2014 (1,9%).
Apesar de ser pequeno, o crescimento indica o fim do ciclo de contração e um movimento de retomada da economia, diz Ulisses Ruiz, economista da entidade.
“Fatores como renda, emprego e crédito contribuíram para aumentar as vendas do setor, mas em uma proporção menor do que nos anos anteriores à crise. Não foi possível ainda recuperar o que foi perdido”, afirma.
Entre os segmentos que alavancaram a recuperação estão as lojas de departamento, eletrodomésticos e eletrônicos, com aumento de 14% no faturamento, e as de móveis e decoração, com 10,3%.
O comércio de combustíveis, por outro lado, registrou baixa de 5%, causada em grande parte pelos sucessivos reajustes de preços feitos ao longo do ano, diz Ruiz.
Cachaça brasileira
Animados com a segunda alta seguida de exportações de cachaça (de 4,35% em volume no ano passado), os grandes produtores da bebida projetam ampliar a venda ao exterior, que ainda representa menos de 5% de sua receita.
A Pitú vendeu cerca de 1,5 milhão de litros da bebida ao exterior, principalmente à Alemanha, que responde por quase 90% de suas exportações.
“Observamos um aumento de faturamento superior ao de volume. O valor agregado da cachaça aumentou, mas tem muito a crescer ainda. Vendemos para fora só 1% da produção”, diz Maria das Vitórias Cavalcanti, sócia-diretora.
A marca projeta exportar 8% a mais em 2018, influenciada por ações de promoção nos EUA, no Canadá. “Há ainda consumo em alta no México, onde estamos desde 2016”.
A concorrente Companhia Müller, fabricante da 51, comercializou 1,26 milhões de litros desse produto ao exterior, 12,76% a mais do que em 2016. Os maiores clientes foram Portugal, Espanha e EUA.
A empresa estima exportar 13% a mais neste ano.
Custo da obra
O custo básico da construção civil em São Paulo cresceu pelo décimo mês seguido em fevereiro deste ano, segundo o Sinduscon-SP (sindicato do setor) e a Fundação Getulio Vargas.
A variação mensal foi de 0,28% na comparação com janeiro. No período acumulado em 12 meses, o aumento foi de 3,23%.
Um dos fatores que mais contribuíram para o crescimento foi o aço, que teve alta de 7,93% no último ano. O preço do metro quadrado ficou em R$ 1.338,24.
Lotado A indústria de brinquedos precisará investir para aumentar sua produtividade neste ano, diz Synésio Costa, presidente da Abrinq (do setor). A capacidade ocupada média nas fábricas do país terminou 2017 em 85%.
Carro embarcado O terminal de veículos do porto de Santos (SP) movimentou 289.173 unidades em 2017, o maior nível já registrado, segundo a administradora Santos Brasil. O crescimento em relação a 2016 foi de 60,8%.
Churrasco... A rede de restaurantes Rock&Ribs vai abrir cinco franquias neste ano. A empresa, que tem 32 unidades, vai expandir operações no Sul e no Nordeste.
...roqueiro A companhia, que fatura R$ 70 milhões ao ano, busca investidores para aumentar seu ritmo de expansão com lojas próprias. A ideia é poder inaugurar dez ao ano.
Aporte etílico A Pitú investiu cerca de R$ 12 milhões para aumentar sua capacidade de estocagem e na reforma do sistema de tratamento da água usada em sua fábrica.
Prêmio A Sura, de seguros, destinará R$ 11,5 milhões de recursos próprios a projetos de tecnologia da informação e à capacitação dos funcionários em 2018. A companhia chegou ao país em 2016, após adquirir a RSA Seguros.
Luz nova A Reciclus, associação de logística reversa, aplicou R$ 8,5 milhões em 2017 para recolher e dar destinação final adequada a 198.592 lâmpadas fluorescentes. A meta para 2018 é aumentar o número de pontos de coleta de 300 para 747.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott
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