Mercado Aberto

Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mercado Aberto

Para gestores de patrimônio, haverá mudança de tributação com Bolsonaro

Modificação afetaria cobrança de Imposto de Renda de fundos exclusivos

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A mudança na cobrança de Imposto de Renda de fundos exclusivos, que são fechados para membros de um grupo, geralmente famílias ricas, deverá acontecer durante o governo Bolsonaro, estimam gestores de patrimônio.

O desembolso do imposto só acontece na liquidação.

A tributação dos outros veículos se dá duas vezes ao ano. A alíquota varia com base no tempo das aplicações.

O patrimônio líquido de todos dos fundos fechados sobre os quais não incide tributo antecipado é de R$ 719 bilhões, de acordo com a Anbima (associação das entidades de mercados de capitais).

O governo está de olho no estoque acumulado daqueles que só pagam na liquidação, segundo Francisco Levy, da Planejar (associação de planejadores financeiros).

“A primeira cobrança de cotas vai incidir sobre rendimentos relativos a um período grande, mas as subsequentes não serão significativas.”

Haverá diferentes alíquotas para distintos investimentos, afirma José Longo, do PLKC Advogados.

“Há fundos fechados ligados a aportes que dependem de maturação longa, e não faz sentido fazer apuração a cada semestre.”

O Congresso chegou a discutir o tema no ano passado, mas não aprovou a medida, segundo Dennis Kac, diretor da gestora Brainvest.

“Esses fundos teriam vantagem mesmo sem a regra diferenciada de tributação. Há benefícios para governança e sucessão, que deve passar por alteração também.”

 

De laboratórios novos

O grupo Hermes Pardini, de laboratórios médicos e serviços de processamento de exames, vai investir ao menos R$ 65 milhões neste ano. 

O valor poderá chegar a R$ 80 milhões, segundo o diretor-executivo da companhia, Roberto Santoro.

“A expansão de unidades se concentrará em São Paulo e no Rio de Janeiro, mercados onde atuamos há menos tempo. Serão três aberturas no Rio e duas na capital paulista”, diz.

O número poderá ser ampliado, a depender da demanda nessas praças, de acordo com o executivo. Pelo plano, Minas Gerais e Goiás deverão ter uma inauguração cada.

A marca segue interessada em fazer aquisições em 2019. “Nossa alocação para fusões e compras será voltada a empresas que complementem nosso portfólio ou aumentem nossa capacidade produtiva”, afirma Santoro.

“Na área de processamento de exames, criaremos uma unidade de negócios para agrupar serviços relacionados a oncologia, genômica, e doenças raras, por exemplo, e outra para toxicologia.”

R$ 979,3 milhões
foi a receita acumulada entre jan. e set. de 2018

 

Para vender no interior

O Grupo Gazin, sediado no Paraná, investirá R$ 70 milhões na abertura de lojas de sua rede varejista e na reforma de seus depósitos logísticos em três estados neste ano.

“Abriremos ao menos 15 operações. Os locais de instalação dos pontos ainda estão em estudo, mas a ideia é concentrar em municípios do interior”, diz Osmar Della Valentina, presidente da companhia.

Três armazéns, usados para dar suporte à unidade varejista do grupo, serão ampliados no Acre, em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, segundo o executivo.

Parte dos aportes será destinada a melhorias em lojas no Sudeste e no Nordeste. A rede atua em 13 estados.

“Nosso objetivo é crescer 15% neste ano, e o comércio será predominante”, afirma. 

A companhia atua também em áreas como fabricação de colchões, criação de gado, plantação de eucaliptos, turismo e consórcios.

R$ 4,35 bilhões
foi o faturamento em 2018

 

Volta às aulas

A venda de material escolar deverá crescer cerca de 4,5% em São Paulo no período que antecede a volta às aulas, segundo a FCDLESP (federação das câmaras de dirigentes lojistas do estado).

A variação é levemente superior à registrada em 2018, de 4%, afirma Alexandre Damásio, diretor da entidade.

“Mais do que desconto, há uma demanda do consumidor por parcelamento, e o varejo tem correspondido.”
Na Kalunga, a venda mensal no período é 30% a 40% superior à de um mês comum, de acordo com diretor comercial Hoslei Pimenta.

“Traçamos uma meta de 15,86% de crescimento para este mês e, até aqui, estamos em 19%. Isso se deve tanto à abertura de mais lojas em shoppings como a um sortimento maior de produtos.”

A melhora é também consequência de um aquecimento do consumo, percebida desde outubro, diz Amauri Gennari, diretor da varejista Gimba.

 

Freio de aço

A fornecedora de produtos siderúrgicos Açotubo planeja investir R$ 17 milhões neste ano em novos equipamentos, tecnologia e na expansão de um centro de distribuição.

O valor é 66% inferior aos R$ 50 milhões de 2018, segundo o gerente-executivo Bruno Bassi.

“Tivemos alguns acréscimos de estoque e uma aquisição de imóvel no ano passado. Nosso aporte médio anual costuma variar de R$ 20 milhões a R$ 30 milhões”, diz ele.

“O mercado está mais confiante, e muitos negócios ainda vão acontecer. Tivemos faturamento de R$ 750 milhões em 2018 e deveremos chegar a R$ 970 milhões em 2019.”

 

Reparação A consultoria Ramboll abrirá neste ano unidades em Mariana (MG) e Vitória (ES) para ampliar sua atuação em casos como o da mineradora Samarco, em que a empresa atua junto com o Ministério Público.

Hora do café

com Felipe Gutierrez (interino), Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.