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Justiça Militar de SP nega adiamento de audiência solicitado por advogado internado com suspeita de Covid-19

Corte alega que o profissional poderia ter se manifestado pelo Ministério Público e por sua assessora

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O Tribunal de Justiça Militar de SP (TJMSP) negou o pedido de um advogado para que a corte adiasse uma audiência da qual ele não poderia participar por ter sido internado dias antes com suspeita de Covid-19. Ele atua na defesa de vítimas agredidas durante ação da Polícia Militar para dispersar um bloco de Carnaval de rua na Barra Funda, na zona oeste paulistana, em 2019.

Na segunda (9), o advogado Flávio Grossi enviou à 4ª Auditoria Militar da Comarca de São Paulo a solicitação para que a audiência, marcada para a quarta (11), fosse realizada em outra data. No pedido, ele afirma que foi internado no domingo (8), no hospital Santa Catarina, com insuficiência respiratória e suspeita de ter contraído o novo coronavírus.

O advogado Flávio Grossi participou de audiência do quarto de hospital onde estava internado
O advogado Flávio Grossi participou de audiência do quarto de hospital onde estava internado - Arquivo pessoal

"Muito embora a audiência aprazada seja virtual, parece-me pouco profissional e desrespeitoso com todos os presentes a participação do ato em quarto de hospital, fazendo uso de aparelhos e medicações que atrapalham a fala e o raciocínio", diz o texto enviado por ele ao tribunal.

Em resposta, o TJMSP informou que o juiz do caso manteve a audiência para a quarta (11), "tendo em vista demandarem diversos esforços as intimações de audiências virtuais e considerando as metas estabelecidas pelo CNJ [Conselho Nacional de Justiça] para o Julgamento dos feitos".

"Assim, em havendo interesse de Vossa Senhoria em que sejam feitas perguntas específicas na referida sessão, seja contatado o Ministério Público, para vê-las respondidas por intermédio do órgão acusador", acrescenta a mensagem enviada pela corte.

Grossi participou da audiência virtual do quarto em que estava no hospital, do qual teve alta nesta quinta-feira (12).

O tribunal afirma que não acatou ao pedido de adiamento da audiência porque o advogado poderia ter enviado seus questionamentos pelo promotor de acusação do Ministério Público, e que ele também poderia ter sido representada pela advogada Vivian Marconi, sua assistente, inscrita no processo. Grossi diz que ela não trabalha mais com ele.

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