Um balanço das eleições feito pela executiva nacional do PSOL vê brechas para “uma nova hegemonia” na esquerda brasileira. E avalia que a direita tradicional ganhou terreno, mas que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e a extrema direita foram arruinados pelas urnas em 2020.
SUPERADO
“O extremismo bolsonarista, que não encontrou maioria na sociedade e nem nas instituições, nas redes sociais ou na imprensa, foi derrotado na sua ofensiva autoritária”, diz o documento, que deve ser divulgado neste sábado (12) pelo partido.
HORIZONTE
Na avalição do PSOL, o pleito municipal foi favorecido por pautas de assistência social e de fomento ao emprego, trazidas pela pandemia, em detrimento da agenda de costumes e anticorrupção, que marcaram 2018.
RETROVISOR
As legendas PCB e UP e o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) são celebrados como alianças acertadas. Não há nenhuma menção sequer a forças da esquerda como PT, PSB ou PDT.
PÓDIO
“Coube ao nosso partido ocupar um lugar de excepcional destaque, credenciando-se para disputar os rumos de um novo projeto de país”, segue o balanço, que cita a ida de Guilherme Boulos ao segundo turno em São Paulo, a vitória de Edmilson Rodrigues em Belém e o crescimento da bancada legislativa.
TCHAU, QUERIDO
A executiva do partido ainda afirma que retomará a bandeira “Fora, Bolsonaro” no próximo ano —“não é possível o país esperar pelas eleições de 2022”, justifica— e que sua inserção entre as camadas mais pobres é um dos desafios para sua consolidação “como nova alternativa popular e de massas”.
QUARENTENA
IVAN FINOTTI (interino) com BRUNO B. SORAGGI, BIANKA VIEIRA e VICTORIA AZEVEDO
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