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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Carla Zambelli lança site para monitorar posição de deputados sobre o voto impresso

Plataforma contabiliza 199 parlamentares favoráveis à proposta

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A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) lança nesta segunda-feira (9) um site em que disponibiliza o posicionamento dos 513 deputados em relação ao voto impresso. A plataforma já contabiliza 199 parlamentares favoráveis à proposta, 144 sem posição e 170 contrários.

A PEC do voto impresso, uma bandeira bolsonarista, foi derrotada na semana passada numa comissão especial da Câmara. Mas o presidente da Casa, deputado Arthur Lira (PP-AL), deve realizar uma nova análise do tema desta vez em plenário, em votação prevista para os próximos dias.

Assessores do mandato de Zambelli contataram o gabinete de cada um dos 512 deputados —os que não responderam até o momento foram sinalizados como "sem posição". Mudanças de posicionamento podem ser comunicadas por meio de telefone ou email disponibilizados no site.

A iniciativa da deputada bolsonarista ainda indica o nome e o partido de seus colegas e seus endereços no Instagram, além de telefone e email do gabinete. "Cobrem a posição dos seus deputados e peçam para que eles declarem a intenção de voto", diz uma mensagem disponibilizada no site.

A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP)
A deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) - Michel Jesus - 22.abr.19/Câmara dos Deputados

Reportagem da Folha desta segunda-feira mostrou que líderes do Congresso, integrantes do governo e ministros do STF e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) articulam estratégias para reduzir a tensão entre os Poderes após a análise do voto impresso na Câmara.

A expectativa da cúpula do Congresso é que o plenário derrube o texto.

Com isso, a ideia em costura é criar um ambiente que possibilite a Bolsonaro conter as críticas ao atual sistema eleitoral (as urnas eletrônicas), para permitir uma trégua na relação do Planalto com o Supremo. Reconhecem, porém, a dificuldade de controlar o presidente.

Em sua defesa voto impresso, Bolsonaro desencadeou uma série de declarações golpistas que colocaram em dúvida a realização das eleições no ano que vem. "Sem eleições limpas e democráticas, não haverá eleição”, disse Bolsonaro em 1º de agosto.

As falas contra as instituições do país abriram uma crise com o Judiciário.

Em 4 de agosto, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, decidiu incluir Bolsonaro como investigado no inquérito das fake news em tramitação na corte. Em reação, Bolsonaro acusou o inquérito de ilegal e ameaçou atuar fora de preceitos constitucionais.

"Ainda mais um inquérito que nasce sem qualquer embasamento jurídico, não pode começar por ele [pelo Supremo Tribunal Federal]. Ele abre, apura e pune? Sem comentário. Está dentro das quatro linhas da Constituição? Não está, então o antídoto para isso também não é dentro das quatro linhas da Constituição", declarou Bolsonaro naquele mesmo dia.

Após reiterados ataques de Bolsonaro a integrantes do STF, o presidente da corte, Luiz Fux, cancelou uma reunião prevista entre os chefes dos três Poderes.

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