O comitê científico que aconselha o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), sobre o combate à Covid-19 é contra o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras no estado neste momento. O governo e as prefeituras de algumas cidades —entre elas, a da capital— já começaram a debater o eventual relaxamento da regra para as próximas semanas.
EM CORO
Os integrantes do comitê, formado por médicos e cientistas, são unânimes na posição contrária à liberação já em outubro.
PRESENTE
"É possível no futuro que isso aconteça. Mas no momento a máscara contribui muito para a redução dos casos de Covid-19. E o vírus segue fortemente presente entre nós", afirma o médico Paulo Menezes, que coordena o centro.
BARREIRA
Os médicos acreditam que o que segurou o avanço da variante Delta do coronavírus em SP foi a vacinação e o uso de máscaras. Com isso, o mês de setembro, que se avizinhava trágico, viu a epidemia sob certo controle.
BARREIRA 2
"O número de novos casos, internações e óbitos segue alto, maior até do que em meses do ano passado em que tudo estava fechado", diz o nefrologista José Medina, que também integra o comitê. "E, sem a barreira da máscara, a capacidade de transmissão do vírus cresce muito", segue ele.
LEITURA
Medina acredita que mesmo a orientação de que a máscara será dispensável somente em locais abertos e sem aglomeração seria precipitada. "As pessoas podem entender de forma diferente e mesmo quem usa máscara com rigor poderá pensar que ela não é mais necessária", afirma. "É um prejuízo e um risco muito grande."
O BEM
Medina relembra que países como Portugal, Itália e França e estados norte-americanos aboliram as máscaras em locais abertos —e depois recuaram. "Além de tudo, a máscara não faz mal para ninguém", afirma.
FAMOSOS NAS REDES
com LÍGIA MESQUITA, BRUNO B. SORAGGI, VICTORIA AZEVEDO e BIANKA VIEIRA
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