A Defensoria Pública de São Paulo pediu que a Polícia Civil, a Secretaria Municipal de Segurança Urbana e a Guarda Civil Metropolitana (GCM) de São Paulo se manifestem em dez dias sobre suposta atuação abusiva praticada por agentes policiais na região da cracolândia, na capital paulista.
NOS CONFORMES
O episódio teria ocorrido no dia 10 deste mês, durante nova fase da Operação Caronte da Polícia Civil na região central da cidade. A corporação nega excessos e diz que todos os 12 traficantes de drogas previamente identificados durante trabalho de inteligência e que acabaram presos em flagrante tiveram suas prisões transformadas em preventivas pela Justiça, com anuência do Ministério Público.
OLHO VIVO
Imagens feitas durante a abordagem mostram agentes apontando armas para dezenas de usuários de drogas e efetuando disparos a esmo enquanto eles eram obrigados a ficar sentados no chão (veja abaixo).
ME DÊ...
"As imagens evidenciam o emprego de violência contra pessoas desarmadas e que, repita-se, estavam sentadas e desarmadas", afirma a Defensoria. De acordo com o órgão, a operação teve como resultado a apreensão de pequenas quantidades de drogas e de R$ 10 mil.
... MOTIVOS
Os ofícios encaminhados à secretaria e às policias questionam qual a finalidade da operação na cracolândia, quais agentes participaram da abordagem, qual a justificativa para o disparo de balas de borracha e se houve pessoas feridas na ocorrência.
TUDO CERTO
Procurada pela coluna, a Polícia Civil diz que foi notificada pela Defensoria e, "como de praxe, responderá o ofício enviado pela Defensoria Pública dentro do prazo estipulado". A corporação ainda destaca que não houve qualquer intercorrência com usuários ou qualquer registro de feridos.
TRAJETÓRIA
"Ao longo das cinco fases da 'Operação Caronte', 63 criminosos envolvidos com o tráfico de entorpecentes foram presos e todos eles permanecem encarcerados por decisão da Justiça, o que demonstra a pertinência do trabalho policial, que é reconhecido pelo Ministério Público e pelo Poder Judiciário", afirma em nota, por meio da Secretaria de Segurança Publicação.
NADA SEI
Já a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, DIZ que não foi notificada pela Defensoria Pública sobre atuação da GCM na operação.
À MESA
O advogado Pierre Moreau e a sua mulher, a empresária Roberta Spera, ofereceram um jantar no restaurante Maní, em SP, na terça-feira (15). O casal reuniu convidados como o secretário de Cultura do Governo de São Paulo, Sérgio Sá Leitão, e a diretora da ArteRio, Brenda Valsani, para conhecerem detalhes do que será visto na ArtSampa. O evento ocorre entre 16 e 20 de março, na Oca, no parque Ibirapuera. Também estiveram lá o dono da Bolsa de Arte, Jones Bergamin, e o diretor Lula Buarque de Hollanda.
com BIANKA VIEIRA e MANOELLA SMITH
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