Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Paulo Guedes cita 'psicologia do pânico' para explicar Bolsonaro, e governo busca acordo para o futuro

Como mostrou a Folha, derrota aumenta a possibilidade de presidente ser penalizado na Justiça comum

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O governo de Jair Bolsonaro (PL) voltou a buscar autoridades do Judiciário e do Congresso para um acordo que dê garantias ao presidente de que não sofrerá o que seus interlocutores definem como perseguição no futuro, caso perca as eleições. Em troca, ele não esticaria ainda mais a corda e amenizaria o tom de suas críticas ao sistema eleitoral. Os militares alinhados ao governo seguiriam na mesma linha, aliviando a pressão que têm feito ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Jair Bolsonaro (PL) na abertura da Global Agribusiness Forum 2022, em São Paulo
Jair Bolsonaro (PL) na abertura da Global Agribusiness Forum 2022, em São Paulo - Danilo Verpa -25.jul.2022/Folhapress

PONTE

Como a Folha revelou, as eleições presidenciais serão determinantes para o destino jurídico de Bolsonaro. Caso seja derrotado e deixe a Presidência, ele poderá ser julgado pela Justiça comum, o que eleva as possibilidades de responsabilização penal. O presidente é alvo de centenas de denúncias, em especial por sua conduta durante a epidemia da Covid-19 e pelos ataques ao sistema eleitoral.

PONTE 2

O ministro da Economia, Paulo Guedes, já afirmou a interlocutores de outros poderes que é preciso buscar um entendimento maior para tranquilizar o país. E tem dito que a "psicologia do desespero" pode levar Bolsonaro a esticar a corda, como autodefesa. O que levaria a novas reações da Justiça, numa escalada sem limites. Procurado, Guedes não retornou à coluna até a conclusão deste texto.

NO CANTO

O manifesto pela democracia assinado por banqueiros, empresários, advogados, procuradores, juristas, artistas e personalidades de diversas áreas escancarou o isolamento do presidente na tentativa de desqualificar as eleições –e aumentou a tensão no governo.

FICHA

O diálogo entre o governo e outras autoridades, no entanto, é difícil: Bolsonaro já descumpriu outros acordos em que se comprometia a não mais insistir nos ataques às urnas eletrônicas, por exemplo.

GRANDE ABRAÇO

Uma das ideias já colocadas em andamento, e que levaria a um acordão, é a aprovação de uma emenda constitucional que cria o cargo de senador vitalício para ex-presidentes. Além de garantir foro privilegiado e estrutura política a Bolsonaro, ela incluiria todos os ex-presidentes vivos —José Sarney (MDB), Fernando Collor (PTB), Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT). Lula, no entanto, já declarou ser contra a proposta.

SOM

A cantora Luísa Sonza foi anunciada, em evento na segunda (25), em São Paulo, como uma das artistas que vão integrar a versão brasileira do Latin Grammy Acoustic Sessions 2022. Paula Lima também fará uma participação especial no acústico, que vai ao ar em outubro e homenageia a cantora e compositora Rita Lee. O presidente da Academia Latina da Gravação, responsável pelo Grammy Latino, Manuel Abud, foi o anfitrião da noite. ​

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.