O vereador de Porto Alegre e deputado estadual eleito Leonel Radde (PT) se envolveu em uma briga com o vereador bolsonarista Alexandre Bobadra (PL), na tarde desta sexta (22), na capital gaúcha. Os dois sofreram agressões, e imagens do conflito foram publicadas nas redes sociais.
Radde, que se denomina como policial antifascista, afirma que o conflito começou quando ele estava coletando suposto material ilegal de campanha eleitoral que era distribuído na região central da cidade para fazer uma denúncia ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
"Nós estávamos indo embora, quando fomos interpelados, o Bobadra veio correndo, tentou quebrar o meu braço, me desferiu três socos no rosto, me levou para o chão. Só cessou as agressões porque populares, transeuntes intervieram ", diz ele em vídeo.
O petista afirma ainda que foi ameaço de morte por Bobadra.
Procurado pela coluna, o político bolsonarista —que também é policial— diz que também foi agredido pela equipe de Radde e que o petista cometeu crime eleitoral ao "furtar material da campanha" em apoio à reeleição de Bolsonaro. "Eu fui pedir para eles me devolverem, mas ele não quis. Falei para irmos até a delegacia, mas ele disse: 'A polícia sou eu'. Foi quando a discussão começou."
"A minha cabeça está toda machucada. E tomei cadeirada nas costas", completa ele.
Após a briga, os dois foram até a 2ª Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento prestar depoimento.
Segundo a equipe de Radde, o material distribuído era um panfleto apócrifo que associa o PT a bandidos e sexualização de crianças. O artigo era semelhante aos painéis gigantes com difamações à esquerda que foram instalados em agosto em pontos movimentados da capital gaúcha —e que, depois, a Justiça eleitoral determinou a retirada.
O bolsonarista Bobadra diz que Radde recolheu diversos materiais da campanha, inclusive, adesivos. "Ele não foi pegar só um papelzinho, não. Ele não é esse santo", rebateu.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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