O advogado Fabio Wajngarten, que integra a coordenação da campanha de Jair Bolsonaro (PL), postou em seu Twitter a manchete da entrevista concedida à coluna pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, e endossou as declarações dele de que o adiamento das eleições jamais foi sequer debatido pelo presidente.
À coluna, Wajngarten afirmou que "a campanha do presidente nunca pediu nada que não fosse a compensação da mídia que não foi executada".
Faria afirmou à coluna que ele e Wajngarten convocaram uma entrevista coletiva para denunciar um suposto boicote de rádios à propaganda de Bolsonaro porque a ideia era que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) compensasse a falha determinando que veiculações equivalentes fossem feitas pelas emissoras.
O ministro sustenta que tem provas da denúncia, mas afirmou que se "arrependeu profundamente" de chamar os jornalistas quando a iniciativa passou a justificar pedidos de bolsonaristas para o adiamento das eleições presidenciais.
Ao postar a imagem da reportagem, Wajngarten escreveu: "Reestabelecendo a verdade: a campanha do presidente Jair Bolsonaro jamais cogitou pedir adiamento da eleição. Tudo o que fizemos foi denunciar um gravíssimo prejuízo à nossa campanha e solicitar a reposição das inserções que os foram tiradas injustamente, como o ministro Faria disse".
Afirmou também que "não há arrependimento em relação às denúncias apresentadas ou no que diz respeito ao pedido de recomposição das inserções", o que também é sustentado por Fábio Faria.
"Apenas lamentamos que um tema técnico escalasse para uma discussão política na qual pessoas externas à campanha insinuaram o adiamento".
Como Faria, ele afirma confiar que Bolsonaro vai vencer as eleições.
"Não há qualquer interesse em se discutir o adiamento das eleições, dentro outros motivos, porque sabemos que o presidente irá vencer a eleição deste domingo. Esse foi sempre o meu entendimento e do ministro Fabio Faria", concluiu.
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, arquivou a denúncia por falta de provas e determinou a investigação da campanha por suposta tentativa de causar turbulência na reta final das eleições.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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