Cotada para assumir a Secretaria da Mulher que será criada no governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), a deputada federal Rosana Valle (PL-SP) não é considerada uma bolsonarista-raiz, mas endossa na Câmara pautas antidemocráticas ligadas a Jair Bolsonaro (PL).
Ela apoia, por exemplo, a abertura de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostos abusos de autoridade do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). "Os atos de autoritarismo e de censura no país estão se multiplicando", escreveu em suas redes sociais.
De autoria do deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), o requerimento usa como um dos argumentos para a criação da Comissão a decisão do ministro Alexandre de Moraes de bloquear as contas bancárias de 43 pessoas e empresas suspeitas de financiarem atos golpistas que não aceitam a vitória de Lula (PT) na eleição.
Rosana também assinou pedido para a instalação de uma outra CPI da base governista que quer investigar suposto uso político de institutos de pesquisa para influenciar o resultado do pleito.
Até o início deste ano, Rosana era filiada a um partido de esquerda, o PSB. Foi para o PL na janela partidária, em abril. Mesmo antes da mudança, a deputada já votava na Câmara em pautas alinhadas ao atual governo de Bolsonaro e chegou, inclusive, a ser apontada como possível vice na chapa de Tarcísio.
O governador eleito de São Paulo tinha sinalizado que escolheria nomes técnicos para ocupar as secretarias estaduais. Rosana Valle, no entanto, não tem atuação expressiva em políticas voltadas às mulheres.
Ao longo deste ano, participou de apenas três pautas na Câmara relacionadas ao tema. A de maior destaque foi solicitar a realização de uma audiência pública para debater o Programa de Prevenção e Tratamento da Endometriose —ela foi relatora do projeto de lei de criação da iniciativa.
Natural de Santos, no litoral de São Paulo, Rosana Valle é jornalista e costuma defender na Câmara pautas voltadas para a Baixada Santista e o Vale do Ribeira. Ela foi reeleita como deputada federal no pleito de outubro com 216 mil votos.
TAPETE VERMELHO
O ator e diretor italiano Kim Rossi Stuart, que atua em filmes como "Anos Felizes" (2013) e "Tommaso" (2016), veio ao Brasil na semana passada para lançar seu novo longa-metragem, "Brado". A sessão foi realizada no Reserva Cultural, na capital paulista. A diretora e curadora do evento, Erica Bernardini, compareceu à exibição. O dono do espaço de cinema, Jean Thomas Bernardini, e o diretor-executivo da Câmara de Comércio Italiana de São Paulo Nico Rossini também estiveram lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou SUSANA TERAO
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