O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi (SP), afirmou em reunião com deputados eleitos e com a atual bancada do partido na Câmara que a senadora Simone Tebet (MS) é, sim, um nome que pode representar a sigla no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A fala, feita nesta quarta-feira (7), busca cessar um impasse entre emedebistas que apontam Tebet como uma provável escolha pessoal de Lula. De acordo com o raciocínio, a senadora não deveria entrar na "cota" do partido caso seja nomeada para um ministério —e, portanto, seria necessário a designação de outras pastas para contemplá-lo.
"Querem, por 'n' razões, falar que a Simone Tebet não representa o partido. Institucionalmente, ela representa o partido. E se ela for convidada para compor alguma função que ela se sentir preparada e que ela possa ajudar o partido na sua construção futura, ela terá, sim, total apoio e respeito do nosso partido", afirmou Baleia Rossi aos parlamentares.
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"Não existe essa briga que, muitas vezes, a imprensa quer colocar, que 'o MDB está brigando aqui, está brigando ali'. Nós temos hoje, graças a Deus, através do diálogo, uma situação pacífica no partido. E queremos, sim, contribuir se formos chamados", disse ainda.
Durante a reunião, também foi decidido que o MDB reconduzirá ao cargo seu atual líder na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr. (AL), e que apoiará a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Casa. Na próxima legislatura, que terá início em fevereiro de 2023, a sigla contará com uma bancada de 42 deputados.
De acordo com interlocutores de Baleia Rossi, o apoio ao nome da senadora do Mato Grosso do Sul expressa a vontade do partido de se colocar no jogo nacional.
A avaliação é de que o pleito deste ano teria transformado Tebet em uma marca, que por sua vez seria equiparável ao que o ex-presidente Michel Temer e o ex-senador Romero Jucá representaram no passado, do ponto de vista institucional do partido.
Apesar da sinalização de Baleia Rossi, as bancadas do MDB na Câmara e no Senado, que têm poder de voto no Congresso, ainda não endossam o nome da ex-presidenciável. E seguem cobrando o direito de fazer suas próprias indicações para a Esplanada dos Ministérios.
Diante do impasse, caberá a Lula decidir a fatia que destinará ao partido na partilha dos cargos de seu futuro governo.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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