O ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião (PT) prepara um livro sobre a sua trajetória política e a sua relação de longa data com o Partido dos Trabalhadores —que não deve ser poupado de críticas.
PÁGINAS
"Eles têm que se preocupar com as besteiras que fazem, não com o que eu vou escrever", diz à coluna, rindo. "Quero contar a minha história política, os meus erros e os meus acertos, as alianças que eu fiz, os sucessos, as alegrias e as decepções", continua.
LANCHINHO
Ex-emedebista, Requião se filiou ao PT em março do ano passado e promoveu a candidatura de Lula no estado paranaense. Antes disso, disponibilizou a sua residência para lideranças políticas que visitavam o petista na prisão, em Curitiba. Nessas ocasiões, ele oferecia a elas pão com mortadela, prato que foi associado à esquerda nos últimos anos.
NÃO GOSTEI
Desde que Lula chegou ao Planalto para o seu terceiro mandato, porém, o ex-senador tem se mostrado desgostoso com escolhas do novo governo.
NÃO GOSTEI 2
Em janeiro deste ano, por exemplo, Requião disse se sentir desrespeitado com um convite feito pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, para que assumisse um cargo no conselho da hidrelétrica de Itaipu. Ele classificou a oferta como uma "sinecura dourada" em que ganharia "R$ 27 mil por mês sem fazer nada".
NÃO GOSTEI 2
Nesta semana, com a reeleição de Arthur Lira (PP-AL) e de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a Câmara dos Deputados e para o Senado Federal, respectivamente, o ex-senador voltou a fazer críticas.
REFÉM
"Estou muito aborrecido com a eleição da Câmara e do Senado. O Lula não vai ficar refém do Lira e do Pacheco, ele vai ficar refém do sistema. A cada vez que tiver uma votação, um interesse, vai ser uma negociação igual foi nessa eleição [do Congresso]. Acho péssimo, um erro brutal", afirma à coluna. "Mas isso é uma análise para o fim da história [que será contada no livro]", diz ainda.
RETIRO
Para escrever o livro, que deve se chamar "Eu e o PT – Erros e Acertos", Requião diz que pensa em ir para Balneário Camboriú (SC), onde tem uma casa, a fim de focar na escrita da obra. O volume irá trazer imagens feitas nos últimos anos pelo fotógrafo e jornalista Eduardo Matysiak.
PALCO
A diretora Sandra Corveloni recebeu convidados, na noite de quarta (1º), na estreia da peça "A Divina Farsa", da Cia. La Mínima, no Itaú Cultural. O presidente da Fundação Itaú, Eduardo Saron, esteve presente. A produtora Luciana Lima, viúva do ator Domingos Montagner, fundador do grupo de teatro e circo, também passou por lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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