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Conselho Nacional dos Direitos Humanos pede que DPU fique de fora do arcabouço fiscal

Órgão colegiado afirma que o teto de gastos em vigor já tem afetado políticas de direitos humanos

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O Conselho Nacional dos Direitos Humanos (CNDH) elaborou um nota em que pede que o orçamento da Defensoria Pública da União (DPU) não seja afetado pelas restrições do arcabouço fiscal, que foi proposto pelo governo Lula para equilibrar as contas públicas e deve ser votado na Câmara no dia 15.

O órgão colegiado, que está vinculado à administração federal, afirma que o teto de gastos em vigor já tem afetado políticas de direitos humanos, e que o acesso à Justiça só poderá ser garantido de forma efetiva caso se flexibilize o limite orçamentário imposto às instituições de defesa e de promoção de direitos.

Imagens do atendimento da Defensoria Pública da União em sua nova sede no Palácio da Agricultura em Brasília
Atendimento da Defensoria Pública da União no Palácio da Agricultura, em Brasília - Ailton de Freitas/ DPU

"Mantidas e eventualmente aplicadas as restrições à Defensoria Pública, restará paralisado, quiçá inviabilizado, o cumprimento da Constituição no tocante à ampliação do acesso à Justiça por meio da Defensoria Pública, uma vez que, em âmbito federal, não poderão ser instaladas novas unidades da DPU, tampouco nomeados novos defensores públicos ou servidores públicos", diz o documento.

O CNDH destaca que 71% do território nacional ainda não dispõe do serviço prestado pela Defensoria Pública da União, e que os cerca de 680 defensores públicos federais em atividade formam um número "absolutamente insuficiente" para ampliar o alcance do órgão a todas as unidades jurisdicionais federais.

A nota afirma, ainda, que o atual orçamento de pouco mais de R$ 700 milhões da DPU é inferior ao garantido aos demais órgãos do sistema de Justiça, como a Advocacia-Geral da União, que conta com cerca de R$ 4 bilhões, e o Ministério Público da União, com R$ 8 bilhões.

Mesmo o incremento mínimo previsto pelo novo arcabouço fiscal não garantiria a igualdade de condições e paridade de armas entre os órgãos, sustenta o conselho. "A construção da nova âncora fiscal [...] não pode ignorar os efeitos nefastos do teto de gastos vigente sobre as políticas de direitos humanos, como o exemplo do impacto desproporcional sobre a Defensoria Pública da União", afirma o CNDH.

O órgão colegiado ainda defende a construção de uma solução conjunta, com participação da DPU e de entidades que representem pessoas em situação de vulnerabilidade, para corrigir, por meio do arcabouço fiscal, o que chama de "erro histórico" cometido pelo teto de gastos.


SUPER-HERÓIS

A médica Ana Cláudia Michels prestigiou a sessão para convidados da exposição Marvel Vingadores S.T.A.T.I.O.N (Superintendência de Treinamento Avançado Tático de Inteligência, Operações e Notícias), na noite de quarta (3), no Parque Villa-Lobos, em SP. O empresário Fernando Alterio, da T4F, e a sua filha, Francesca, também estiveram no evento. A atriz Pathy Dejesus passou por lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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