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Votação de Plano Diretor de SP tem bate-boca e Nunes como corretor imobiliário; veja

Presidente da Câmara Municipal, Milton Leite foi chamado de 'sultão da zona sul'

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Militantes de movimentos sociais entravam na Câmara Municipal de São Paulo, no começo da tarde desta quarta (31), para acompanhar a primeira votação do Plano Diretor.

Nos corredores de acesso, um dos seguranças comenta que o dia está "agitado" enquanto controla o fluxo de pessoas. De dentro do plenário, uma mulher celebra a "casa cheia".

Vereadora Luana Alves (PSOL) segurou um cartaz em que acusa o prefeito Ricardo Nunes de vender a cidade
A vereadora Luana Alves (PSOL) segurou um cartaz em que acusa o prefeito Ricardo Nunes (MDB) de vender a cidade - Reprodução/TV Câmara

Os movimentos sociais encheram a tribuna, estenderam cartazes e reagiram às falas dos parlamentares —ora com gritos de apoio, ora com vaias.

A sessão foi marcada por bate-boca entre os vereadores. Nomes do PSOL e do PT fizeram críticas à gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e à votação do Plano Diretor.

Durante sua fala antes da votação, a vereadora Luana Alves (PSOL) segurou um cartaz que simulava um anúncio imobiliário da cidade de São Paulo, e o prefeito da capital, como seu corretor. "Vende-se essa cidade", dizia a peça.

No meio de sua fala, ela passou o cartaz para a psolista Elaine do Quilombo, posicionada em frente à tribuna. O vereador João Jorge (PSDB), então, se aproximou para tentar arrancá-lo da mão da colega. O parlamentar foi afastado.

Arselino Tatto (PT) também bateu boca com João Jorge e chegou a chamar o presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil), de "sultão da zona sul".

Leite teve que intervir e pedir calma algumas vezes.

O Plano Diretor é alvo de protestos de especialistas e de uma ação do Ministério Público de São Paulo, que pede a paralisação do andamento da proposta.

A reação do órgão ocorreu após o relator da revisão do Plano Diretor, vereador Rodrigo Goulart (PSD), apresentar, na semana passada, um projeto substitutivo à Comissão de Política Urbana.

A proposição ainda precisa ser aprovada duas vezes em plenário para ir à sanção de Nunes.

Oito audiências vão ocorrer entre as votações de primeiro e segundo turno —que ainda não tem data definida. A ação do Ministério Público pedia justamente a realização de oito audiências públicas, mas a intenção era realizá-las antes da primeira votação, e não depois.

Milton Leite e os vereadores encarregados da revisão do plano criticaram o órgão por entrar na Justiça contra a votação.


CERIMÔNIA

O advogado Marco Aurélio de Carvalho, do grupo Prerrogativas, compareceu à sessão solene realizada na Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo), na capital paulista, em homenagem ao ministro aposentado do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski. A reverência, promovida pelos deputados Simão Pedro (PT) e Emidio de Souza (PT), destacou a carreira do magistrado e foi realizada na noite de segunda-feira (29). Lewandowski se aposentou no mês passado, depois de 17 anos na corte.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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