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Anielle Franco se emociona com vídeo de Marielle no Planalto; veja

Ministra participava de cerimônia do Conselhão quando homenagem foi exibida

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A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, se emocionou ao revisitar um vídeo de sua irmã, a vereadora Marielle Franco, durante uma cerimônia realizada nesta quinta-feira (27) no Palácio do Planalto.

A chefe da pasta participava da instalação da Comissão de Combate às Desigualdades do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o chamado "Conselhão", quando foi exibido em um telão um discurso feito por Marielle em 2018. Na ocasião, ela participava de uma solenidade do Conselho Federal de Economia (Cofecon).

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, em cerimônia no Planalto, nesta quinta-feira (27) - Gil Ferreira/Ascom SRI

"Precisamos pensar no processo político e econômico que viveremos em 2018, mas que seja uma visão além do mercado. Gostaria que esse debate pudesse fazer parte das considerações dos conselheiros do Cofecon, para que homens e mulheres possam viver melhores dias", afirmou Marielle. "A desigualdade tem vida, tem cor, origem, raça, e seus atingidos precisam ter perspectiva de futuro", disse ainda.

Ao rever o discurso nesta quinta-feira, Anielle fechou os olhos por diversas vezes e se mostrou inquieta na cadeira onde estava acomodada. Passados alguns segundos, não conteve as lágrimas.

Sentada ao lado da ministra, a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, trocou olhares em solidariedade a ela. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, se juntou à salva de palmas ao final da exibição. Auxiliares palacianos também se emocionaram.

A homenagem em memória de Marielle foi pensada pela Secretaria de Relações Institucionais, que organizou o evento. O discurso é resgatado na semana em que novos desdobramentos sobre o seu assassinato vieram à tona.

Em delação premiada, o ex-policial militar Élcio Queiroz confirmou a participação dele próprio, de Ronnie Lessa e de Maxwell Simões Corrêa no crime —este último foi preso na segunda-feira (24). Para o Ministério Público do Rio de Janeiro e a Polícia Federal, as informações preencheram lacunas do inquérito e forneceram novas provas.

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que as investigações sobre o caso mudaram de patamar. No começo do ano, ele comandou a movimentação para que a PF entrasse nas apurações. Segundo ele, a delação é fruto dessa parceria e pode ajudar a responder quem foram os mandantes do crime.

Nesta quinta, durante instalação da Comissão de Combate às Desigualdades do Conselhão, foi assinado um protocolo conjunto entre o Ministério da Igualdade Racial e o Banco do Brasil. O documento prevê ações afirmativas para ampliar a inclusão e o acesso à serviços públicos para pessoas em situação de vulnerabilidade social.

com BIANKA VIEIRA (interina), KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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