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PGR avalia veto de redes sociais a incitadores do 8/1 caso STF autorize acordo

Ideia é que as medidas restritivas sejam suficientes para repreender os infratores

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Brasília

A Procuradoria-Geral da República (PGR) já avalia sanções que poderiam ser aplicadas em um eventual acordo de não persecução penal com os 1.156 bolsonaristas denunciados por incitar os ataques de 8 de janeiro. O órgão, que se manifestou a favor do uso do instrumento na semana passada, aguarda uma decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes sobre a sua viabilidade.

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Apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro fazem acampamento e manifestações antidemocráticas em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília - Pedro Ladeira - 27.dez.2022/Folhapress

PREÇO

O veto ao uso de redes sociais por alguns anos e o ressarcimento de parte dos danos causados na depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, são algumas das possibilidades aventadas. A ideia é que as medidas restritivas sejam suficientes para repreender os infratores e para desestimular que ameaças contra a democracia voltem a ser praticadas.

CONDIÇÃO

O acordo de não persecução penal pode ser realizado em situações em que a pena prevista é inferior a quatro anos e não há infração grave. Além de evitar o processo judicial, o mecanismo, se cumprido a rigor, evita que o denunciado perca a condição de réu primário.

RESPOSTA

O intuito do subprocurador-geral Carlos Frederico Santos, que coordena o Grupo de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR, é buscar uma solução inspirada na Justiça restaurativa para aqueles que incitaram os ataques antidemocráticos, mas não participaram como executores ou financiadores. Seria o caso, por exemplo, de bolsonaristas que acamparam em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

FATIAS

As investigações capitaneadas por Santos sobre os envolvidos no 8 de janeiro foram divididas em quatro partes: incitadores, executores, autoridades e financiadores. Enquanto as diligências em torno dos dois primeiros grupos já resultaram em centenas de denúncias, a PGR agora se volta às autoridades que supostamente foram omissas em relação aos ataques.

ENDOSSO

Se acatado por Moraes, o acordo de não persecução penal seria proposto pela PGR apenas para o grupo de incitadores, que teriam praticado um crime de médio potencial ofensivo, na avaliação de integrantes do órgão. O uso do instrumento é defendido pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).


ESTANTE

O apresentador Luciano Huck prestigiou, na semana passada, o lançamento do livro "A Arte da Política Econômica", do Iepe (Instituto de Estudos de Política Econômica)/Casa das Garças, na livraria da Travessa, do shopping Iguatemi, em São Paulo. O pesquisador José Augusto Coelho Fernandes é o organizador da publicação, que reúne depoimentos de economistas que participaram de quase todos os governos desde os anos 1980. A ex-ministra e diretora do Centro de Políticas Educacionais da FGV (Fundação Getulio Vargas), Claudia Costin, é uma das personalidades que participam da obra.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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