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Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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'Impressiona ver o quanto se incomodam com a minha idade, com o meu nariz', diz Adriane Galisteu

Em sua terceira edição de A Fazenda, apresentadora diz como lida com as críticas e fala sobre expectativas para o reality

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Com o começo oficial de A Fazenda 15, na noite de terça (19), se inicia também o período de três meses em que Adriane Galisteu terá dificuldades para dormir.

A apresentadora Adriane Galisteu participa do projeto #feitotatuagem, realizado pelo fotógrafo Sergio Santoian em conjunto com a artista plástica Louise Helène.
A apresentadora Adriane Galisteu participa do projeto #feitotatuagem, realizado pelo fotógrafo Sergio Santoian em conjunto com a artista plástica Louise Helène. - Sergio Santoian/Divulgação

Apresentadora do reality rural da Record pelo terceiro ano seguido, ela afirma viver de forma intensa o programa. "Às vezes, chego em casa e está amanhecendo, os passarinhos estão cantando, e eu estou assistindo os caras no PlayPlus [plataforma de streaming da emissora]", diz. "Durmo quando já não estou mais conseguindo ficar de olho aberto", completa.

O esforço, afirma Galisteu, vale a pena. "Sou apaixonada por esse projeto".

A Fazenda é uma atração que também costuma gerar reações intensas do público. A apresentadora diz estar acostumada com opiniões contrárias ao seu trabalho. Ou quase isso. "Quer dizer, ninguém se acostuma com críticas, mas eu sempre as respondi de uma mesma maneira: me ame ou me odeie, mas não me ache mais ou menos, porque eu não sou uma pessoa mais ou menos."

No caso do reality, ela também tem uma outra tática para lidar com a pressão e conseguir levar a sua vida com certa tranquilidade em meio ao tumulto. Passou a encarar a atração como um jogo de futebol.

"Vejo isso por mim. Sou palmeirense, levo meu filho ao estádio. Quando o juiz marca uma falta contra o meu time, eu fico brava com o árbitro, mesmo que ele tenha toda a razão. E eu acho que A Fazenda é meio isso", compara.

"Já entro preparada para lidar com as paixões, porque são 22 participantes que tem 22 torcidas e um quer discutir com o outro, puxar a sua sardinha", acrescenta.

Depois de passar por duas edições "muito difíceis e conturbadas" com expulsões e desistências de participantes —o que, na visão de Adriane, faz parte do "game"— a apresentadora diz estar preparada "para o que der e vier" nesta nova temporada do reality.

"E espero que seja uma Fazenda completa, raiz. Que tenha treta, mas que tenha love [amor] e que tenha conteúdo também para a gente discutir aqui fora", afirma ela.

Mesmo que alguns temas sejam "doloridos" de serem abordados, como racismo, etarismo e machismo, Adriane diz achar importante quando um reality consegue propor esse tipo de reflexão para o público.

"Quando você está numa vitrine como essa e traz assuntos como esses, que são importantes para a sociedade, acabamos aprendendo com isso, porque nem todo o mundo tem acesso a mesma informação que eu e você. A televisão tem esse poder e esse papel", analisa.

Questionada se recebe ataques machistas por estar à frente do reality, ela diz que sim. "Fico impressionada de ver o quanto as pessoas se incomodam com a minha idade, com o meu nariz, com as roupas que eu uso, com o lugar que eu ocupo", diz ela, que completou 50 anos em abril. "E vou te dizer mais: esses dedos apontados, na sua maioria das vezes, são de mulheres."

Adriane afirma ficar muito chateada por ainda não constatar na prática uma maior união feminina. "Eu sempre fui pró mulher, mesmo muito antes desse assunto ser pauta", diz. "É para as mulheres que eu saio de casa, porque eu penso nelas quando eu vou fazer um trabalho. O meu foco é na mulher."

"Acho genial ver mulheres narrando futebol, comandando atrações televisivas aos domingos, que é um dia tão importante para a TV brasileira. Para mim, isso é motivo de orgulho, tem um pedacinho meu também ali", prossegue ela, que não esconde o desejo de também estrelar um programa dominical em um futuro próximo.

Além de comandar A Fazenda, Adriane acaba de participar do projeto #feitotatuagem, realizado pelo fotógrafo Sergio Santoian em conjunto com a artista plástica Louise Helène. Na proposta, uma frase ou palavra é pintada no rosto de artistas, que depois são fotografados.

O difícil, no caso da apresentadora, foi escolher o quê "tatuar em sua pele" para a iniciativa. A ideia era selecionar um termo que a definisse.

"Queria colocar tantas coisas. Até que fui buscar essa coisa do 'dona do meu nariz'. Porque, além da minha magreza, o que mais as pessoas implicam no meu físico é com o meu nariz. Nas redes sociais em especial, eles pegam muito [no meu pé] com isso", diz.

"Então, eu falei: Quer saber? Vou pegar isso pra mim. E escolhi a frase 'dona do meu nariz'."


HONRARIA

O advogado-geral da União, Jorge Messias, entregou a medalha de Ordem do Mérito da AGU (Advocacia-Geral da União) ao jurista Celso Antônio Bandeira de Mello em cerimônia em homenagem a autoridades que defendem a democracia. O evento foi realizado pelo grupo Prerrogativas e pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) na semana passada, em São Paulo.

A secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Ana Estela Haddad, e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participaram da solenidade. O dirigente do MST João Pedro Stedile e o advogado Marco Aurélio de Carvalho estiveram lá.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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