Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu The Town Gal Costa

'Pelo menos a gente não está discutindo cloroquina', diz Marina Sena sobre críticas no The Town

Cantora afirma que ficou feliz com show, mas que queria ter tido mais tempo para prepará-lo

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A cantora Marina Sena diz que ficou muito feliz com sua apresentação interpretando Gal Costa no The Town, em São Paulo, no último fim de semana, mas que gostaria de ter tido mais tempo para preparar o espetáculo antes de subir ao palco do festival.

"Uma coisa é você ensaiar, né? Outra coisa é ir para o palco. Gostaria de ter me acostumado mais a esse show antes de chegar com ele no The Town, que é um lugar de tanta mídia, que gera tanta coisa", afirma à coluna.

 A cantora Marina Sena se apresenta no palco The One, no último dia do festival The Town, em São Paulo
A cantora Marina Sena se apresenta no palco The One, no último dia do festival The Town, em São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

"Eu quero fazer esse show outras vezes para eu sair dele falando assim: ‘Agora eu cantei do jeito que eu queria cantar’", segue. Questionada se ela tem vontade de repetir a performance, ela diz que "naturalmente vai acontecer".

A apresentação da mineira em homenagem ao legado da tropicalista repercutiu nas redes sociais, com internautas criticando a performance dela. Em seu perfil no X, antigo Twitter, Sena respondeu aos comentários.

"Vocês juram que se eu fosse ruim eu seria uma menina de Taiobeiras que está conquistando tanta coisa?", escreveu a cantora. "Não tenho sobrenome, não tinha dinheiro, influência, não tinha absolutamente nada. Não havia nenhum motivo para eu estar aqui a não ser minha própria coragem, dedicação, autenticidade e talento. Vocês que se mordam!"

Apesar da resposta ríspida, Sena diz que amou a repercussão. "Quanto mais a pauta for música mesmo, em vez da minha vida pessoal, que bom. Pelo menos a gente não está discutindo se tem que tomar cloroquina ou não."

O que a incomoda, porém, é o que ela chama de desumanização de sua carreira. "Quando eu era uma artista underground, não tinha dinheiro, não tinha nada, era como se eu fosse legítima."

"Não fui aquela pessoa que alguém foi lá e me escolheu para ser a pessoa da vez para bombar. Eu mesma que saí do interior e fiz toda essa trajetória. Então, eu não gosto dessa desumanização. Se você chega num lugar [de topo], agora tem que levar pedrada".

E segue: " Não é sobre crítica. É sobre as pessoas falarem: ‘Você devia desistir’, ‘você deveria parar’".

Gal Costa, que morreu em novembro do ano passado, é a maior influência de Marina Sena. No The Town, a cantora se emocionou durante a performance e disse que a tropicalista era a maior cantora do mundo.

Marina, que nasceu no mesmo dia de Gal, se recorda de uma conversa com a cantora sobre outra similaridade entre as duas: os cabelos cheios e castanhos.

"Ela tinha aquele cabelo poderoso, que não é cacheado, mas é grosso, bem brasileiro. Na época que a gente se encontrou, eu só estava fazendo show de cabelo preso, alisando. E quando ela me viu com o cabelo solto, ela falou que eu tinha que soltar, tinha que mostrar esse poder".

"Agora, só faço show de cabelo solto. Foi uma coisa bonita, que eu me identifiquei", finaliza.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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