Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu guerra israel-hamas Itamaraty

Itamaraty confirma queda de comunicação em Gaza, mas afirma que brasileiros estão em segurança

Embaixador na Cisjordânia conseguiu conversar com um dos integrantes do grupo que aguarda para voltar ao Brasil

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O Ministério das Relações Exteriores emitiu uma nota nesta sexta (27) em que confirma a interrupção dos serviços de comunicação e de internet na Faixa de Gaza. O corte foi anunciado mais cedo pela empresa palestina de telefonia Jawal, que afirma ter tido sua rede prejudicada após intensos bombardeios.

Grupo de brasileiros abrigado em escola católica na Faixa de Gaza, nos primeiros dias do conflito - 13.out.2023/Divulgação

Chefe do Escritório da Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia, o embaixador Alessandro Candeas diz ter conseguido se comunicar com um dos brasileiros abrigados em Rafah, na fronteira de Gaza com o Egito, integrante do grupo que aguarda a repatriação.

"Segundo o relato, há bombardeios intensos nesta noite, mas os brasileiros estão em segurança", diz o Itamaraty, em nota.

A mensagem da empresa de telefonia Jawal sobre o corte dos serviços foi replicada no Brasil por diplomatas. "Nosso honorável povo em nossa amada pátria. Lamentamos anunciar a cessação completa de todas as comunicações e serviços de internet com a Faixa de Gaza, à luz da agressão em curso", dizia.

"Os intensos bombardeios da última hora destruíram as últimas rotas internacionais que ligavam Gaza ao mundo exterior, além das rotas anteriormente destruídas durante a ofensiva, o que levou à interrupção de todos os serviços das empresas de telecomunicações na querida Faixa de Gaza."

A falta de conexão coloca em risco todo e qualquer contato dos palestinos com o mundo externo. Tem sido por meio de aplicativos de mensagens, por exemplo, que o grupo de brasileiros que tenta deixar o território tem se comunicado com autoridades brasileiras e obtido suporte.

Até terça-feira (24), o grupo que aguarda a repatriação totalizava 32 pessoas, das quais 22 brasileiras, 7 palestinos em processo de imigração e 3 palestinos que querem acompanhar seus parentes próximos.

Antes do ataque desta sexta, o sinal já era instável, e a comunicação por mensagem e ligação, difícil.

Nesta sexta, os brasileiros que estão no território informaram o escritório do Brasil em Ramallah de que os bombardeios foram intensos na cidade de Rafah na noite passada.

E mais: eles afirmaram que houve "uso de algum produto que afeta a respiração", segundo diplomatas. "Parece gás lacrimogêneo", descreveram brasileiros que tentam sobreviver.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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