O PT submeteu à Câmara dos Deputados uma representação contra o deputado Abilio Brunini (PL-MT) por quebra de decoro parlamentar.
O parlamentar bolsonarista é acusado pela sigla de "tumultuar" e de "provocar celeumas e discórdias" durante audiências realizadas na Casa para debater a situação do povo palestino na Faixa de Gaza.
A ação é uma iniciativa do parlamentar Padre João (PT-MG), que acusa o colega do PL de não respeitar as diferentes ideias de integrantes da Câmara. Procurado pela coluna por meio de sua assessoria de imprensa, Brunini não respondeu.
"Não podemos nos calar diante dessas atitudes", afirma o petista. "Por isso, propus ao PT que levemos ao Conselho de Ética para julgar mais essa atitude deplorável para o Parlamento brasileiro."
Na representação encaminhada ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o PT cita uma ocasião em que Brunini se posicionou em frente à mesa do plenário em que seria realizado um dos atos pró-palestinos, tentando impedir que os palestrantes convidados se manifestassem.
O partido, em seguida, afirma no documento que o deputado do PL teria repetido "o mesmo comportamento repulsivo" no dia 8 deste mês. Na ocasião, parlamentares à esquerda e à direita protagonizaram ruidosas manifestações em apoio a palestinos e a israelenses na Câmara.
Na sessão pró-palestinos, a Polícia Legislativa precisou apartar um tumulto iniciado por Brunini.
"As condutas perpetradas pelo representado [Brunini] demonstram elevada reprovabilidade e incompatibilidade com o que se espera, em termos de cortesia, educação e respeito, de um deputado federal no trato com seus pares, convidados e autoridades que aportam na Câmara dos Deputados", afirma o PT.
"As ações realizadas pelo representado passam ao largo da imunidade parlamentar, haja vista que mesmo no recinto do Parlamento, não há como se amparar a conduta por ele adotada", segue.
A sigla pede a Arthur Lira que encaminhe a queixa à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Casa para seja aberto um processo por quebra de decoro e, ao final, o deputado do PL seja responsabilizado com "sanções cabíveis".
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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