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Descrição de chapéu Eleições 2024

Tarcísio Motta busca partidos por frente de esquerda em 2024 e relata frustração com o PSB

Pré-candidato à Prefeitura do Rio se reuniu com dirigentes de PT, PC do B e PDT

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Brasília

Pré-candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL-RJ) deu início, nos últimos dias, a tratativas com lideranças de partidos de esquerda em busca de apoio para 2024. O périplo envolveu conversas com dirigentes de PT, PC do B e PDT e uma tentativa de aproximação com o PSB.

Na avaliação de Tarcísio, uma frente progressista na capital fluminense é viável, dado o desempenho do PSOL em pleitos anteriores, e teria o condão de atrair parte do eleitorado que busca uma alternativa ao nome do atual prefeito, Eduardo Paes (PSD).

Tarcísio Motta, então vereador, durante discurso na Câmara Municipal do Rio de Janeiro - Renan Olaz - 12.mar.2020/CMRJ

O PT, no entanto, já sinalizou apoio ao pessedista. Em conversa com Tarcísio, a presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, teria reafirmado que seu partido deve mesmo selar uma aliança com Paes, mas ponderou que, no passado, o PT já subiu em mais de um palanque em uma mesma eleição.

De acordo com o pré-candidato do PSOL, Hoffmann ainda teria dito que os petistas não podem ignorar o fato de que os eleitores da sigla também apoiam outros nomes alinhados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

"Embora reconhecesse o compromisso com Paes, ela não fechou as portas para que a gente pudesse pensar", celebra Tarcísio, que participou das tratativas ao lado do presidente do PSOL no Rio de Janeiro, Juan Leal. "Sabemos da dificuldade de um palanque duplo, mas vamos tentar."

Já a presidente do PC do B e atual ministra da Ciência, Luciana Santos, teria sinalizado uma maior disposição em embarcar na campanha de Tarcísio Motta à prefeitura, pensando até mesmo em uma candidatura unificada.

A sigla comunista tem hoje como pré-candidata a deputada estadual Dani Balbi, a primeira transexual a ocupar uma das cadeiras da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Tarcísio já afirmou que estaria disposto a ter alguém do partido como vice em sua chapa.

Como integra a federação com o PT, o PC do B não poderia contribuir, sozinho, com tempo de TV para a campanha do psolista, mas ainda poderia dar apoio político caso o agrupamento opte por Paes.

"Tempo de TV seria uma coisa muito importante, mas já aprendemos que tempo de TV, sozinho, não ganha eleição. Militância na rua, sim", afirma o deputado federal à coluna.

Tarcísio Motta também se reuniu na semana passada com o presidente do PDT e ministro da Previdência, Carlos Lupi. A sigla, por ora, tem apostado no nome de Martha Rocha, que obteve 11,3% dos votos válidos no primeiro turno das eleições municipais do Rio em 2020, ficando em terceiro lugar.

Lupi teria demonstrado abertura para uma eventual aliança, desde que a campanha do psolista aderisse pautas históricas defendidas por brizolistas no Rio e aceitasse construir um programa de governo de forma conjunta. O ministro, contudo, pediu mais tempo para avaliar o cenário eleitoral.

"Obviamente não fechamos acordos porque ainda está distante, mas estou animado. As conversas foram todas muito positivas", afirma o deputado federal.

O otimismo inspirado pelas tratativas, porém, não se repetiu com o PSB. "Foi a mais frustrante", diz Tarcísio. O presidente do partido, Carlos Siqueira, não teria atendido aos pedidos de conversa do pré-candidato do PSOL, que acabou sendo recebido pelo deputado federal Bandeira de Mello (PSB-RJ).

"A perspectiva do PSB é eleger vereadores no Rio, e eles acreditam que, estando com Paes, têm mais chances", diz o pré-candidato do PSOL.

"Todas as nossas lideranças eleitas recentemente [na cidade do Rio de Janeiro] têm perfil majoritariamente de esquerda. Aqueles que tentaram se vincular mais à direita, não se elegeram", alerta ele. "Me parece que o PSB terá uma opinião política programática equivocada se seguir com o Paes."

Tarcísio Motta, agora, pretende se reunir com o presidente da Embratur (Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo), Marcelo Freixo. Nos últimos anos, o ex-deputado federal concorreu tanto à Prefeitura do Rio quanto ao governo do estado fluminense.

"Essa é uma das conversas prioritárias para acontecer", diz Tarcísio. "O Freixo é uma figura com a qual a gente precisa conversar mesmo. O Lindbergh [Farias, deputado federal do PT pelo RJ] já é meu cabo eleitoral. Agora queremos convencer o Freixo."


JOGO DE CENA

A atriz e diretora de teatro Mika Lins recebeu convidados para a estreia do espetáculo "Escute as Feras", dirigido por ela e pela editora Fernanda Diamant. O evento ocorreu no Sesc Ipiranga, em São Paulo, no sábado (11). Baseado em livro homônimo escrito pela antropóloga francesa Nastassja Martin, o monólogo é interpretado pela atriz Maria Manoella. A atriz Carolina Manica compareceu ao evento.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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