Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Leila e Julio Casares se encontram para discutir crise entre Palmeiras e São Paulo e selar paz

Os dois se cumprimentaram amistosamente e debateram sobre evitar novas tensões como as do jogo de domingo (3), em que treinador Abel foi chamado de 'português de merda'

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A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e o presidente do São Paulo, Julio Casares, se encontraram na quarta (6) para conversar sobre a crise entre os clubes.

O encontro, sigiloso, foi promovido pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Reinaldo Carneiro, diante da escalada do debate entre os times.

A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e o presidente do São Paulo, Julio Casares - Rubens Chiri/Divulgação

O caldo entornou no domingo (3), quando Palmeiras e São Paulo se confrontaram no Morumbis.

O jogo terminou em empate —e em revolta dos dirigentes do São Paulo, que reclamaram da arbitragem e do comportamento do técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, em campo.

"Hoje foi uma vergonha o que vimos no Morumbis", disparou Casares depois do jogo, reclamando também do VAR. "Chega do Abel apitar jogo no Paulistão", afirmou ainda.

O diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte, foi além, e chamou Abel de "português de merda", referindo-se à nacionalidade do treinador do Verdão. O Palmeiras defende que ele seja punido pelo Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo (TJD-SP).

Leila rebateu falando que os dirigentes do São Paulo tiveram um "ataque histérico" motivado por "despeito, inveja". Afirmou que não permitiria ataques xenófobos a Abel e exigiu um pedido público de desculpas por parte de Casares.

Os dois dirigentes são amigos de longa data e tentaram estabelecer uma convivência harmoniosa fora de campo: Casares já cedeu o Morumbi para jogos do Palmeiras, e Leila retribuiu a gentileza deixando o São Paulo jogar no Allianz Parque. Antes do conflito, os dois posavam juntos para fotografias e tentavam passar a imagem de que é possível conviver civilizadamente no futebol.

A coluna apurou que, na conversa que tiveram na quarta, na Federação, os dois se cumprimentaram amistosamente e discutiram medidas para tentar evitar novas tensões.

Uma delas seria escalar equipes dos dois clubes para organizar os jogos quando os times se enfrentarem. Esse grupo conjunto organizaria a entrevista coletiva depois das partidas e cuidaria de questões de segurança, local e acesso de autoridades desportivas aos camarotes, entre outras medidas.

As entrevistas coletivas que os técnicos concedem depois dos jogos têm sido um dos atritos entre o Verdão e o Tricolor.

No domingo (3), os são-paulinos impediram que a entrevista de Abel, na condição de técnico visitante, fosse realizada na sala de imprensa principal do estádio. Os banners de patrocinadores já estavam instalados, mas o São Paulo alegou que a conversa com os jornalistas deveria ser feita na zona mista.

O Tricolor alega que está agindo com reciprocidade. O Palmeiras afirma que disponibiliza, sim, uma sala de entrevistas para o São Paulo. Os são-paulinos alegam que o local é pequeno e que os repórteres têm que fazer as perguntas sentados no chão.

A questão da localização dos camarotes também gera atritos. Dirigentes do São Paulo dizem que já tiveram que assistir a jogos no Allianz sentados atrás do gol.

Questionados sobre o diálogo e a tentativa de paz, Leila, Casares e Reinaldo não responderam às mensagens enviadas pela coluna.


NOITE DE GALA

O ministro da Defesa, José Múcio, e sua mulher, Vera Brennand, prestigiaram o concerto "Sinfonia na Paulista", apresentado pela Bachiana Filarmônica Sesi-SP no Centro Cultural Fiesp, em São Paulo, na noite de quarta (6). Uma composição do chefe da pasta, "Revés", foi executada pela orquestra sob a batuta do maestro João Carlos Martins, que recebeu no palco o músico e atleta paralímpico Marquinhos. O médico cardiologista Roberto Kalil Filho se apresentou com seu saxofone, e o escritor e ex-secretário Gabriel Chalita recitou um poema.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou LUANA LISBOA

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