Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

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Descrição de chapéu Sabesp

MP-SP recomenda suspensão do projeto de privatização da Sabesp na Câmara Municipal

Manifestação ocorre no âmbito de uma ação protocolada por parlamentares do PT e do PSOL

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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) recomendou que a Câmara Municipal de São Paulo suspenda a tramitação do projeto de lei (PL) que dá aval à privatização da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) na capital paulista.

Vista aérea de estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo
Estação de tratamento de água da Sabesp, em Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, estatal que deve ser privatizada - Gabriel Cabral/Folhapress

A manifestação do órgão ocorre no âmbito de uma ação protocolada por parlamentares do PT e do PSOL, que pedia a suspensão da votação do PL até que todas as audiências públicas sobre o tema sejam realizadas.

A Justiça ainda irá analisar o pedido. Na quarta (17), a Câmara aprovou a proposta. A segunda e definitiva votação está prevista para o começo de maio.

A venda da estatal foi autorizada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) no final do ano passado, mas um novo contrato com a prefeitura precisa ser aprovado pelos vereadores paulistanos para que ela possa operar na capital.

Em sua manifestação, o promotor Roberto Carramenha recomendou a suspensão da votação do texto "até que seja apresentado o laudo de impacto orçamentário da proposta e assegurada a realização de outras audiências públicas em relação ao substitutivo".

Como mostrou a coluna, os parlamentares votaram a matéria apenas dois dias depois da primeira audiência.

"Não nos parece aceitável que a votação e o processo legislativo se deem de forma apressada, sem a mais ampla discussão desse projeto, especialmente quando já se encontravam agendadas audiências e se poderia esperar por sua realização, permitindo que a coletividade tivesse acesso aos novos termos propostos (substitutivo) e ao aludido estudo de impactos orçamentários", afirma o MP-SP.

Por outro lado, o promotor não concorda que a primeira votação sobre o tema seja anulada. "No entanto, entendo prematura a anulação do ato que se realizou no dia de ontem [quinta, 17], deixando para discussão quanto à nulidade ou reconhecimento de vícios formais para momento posterior", pontua.

O projeto que tramita na câmara é visto como crucial para a privatização, porque, sozinha, a capital responde por 45% do faturamento da Sabesp. Ou seja, se a maior fonte de receita ficasse fora do pacote, o leilão de ações previsto para o meio deste ano perderia atratividade.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

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