Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Com Didi e Uber, 'guerra' de gigantes globais da internet começa pelo Brasil

Única empresa a ter as três gigantes chinesas de internet como investidoras, Alibaba, Tencent e Baidu, a Didi comprou a 99 e "o cheiro de pólvora está mais forte", no título da "Caijing".

É sua primeira aquisição no exterior, segundo a principal revista chinesa de economia, mas acordos com empresas locais já levaram a marca Didi para Taiwan e outros. A segunda aquisição deverá ser no México.

"A guerra entre Didi e [o americano] Uber começou no Brasil", afirma a "Caijing". Outra revista independente de economia no país, "Caixin", ouve de analista chinês que vem aí "uma luta total com o Uber".

O título do "Wall Street Journal" também fala em "war" e descreve o Brasil como "campo de batalha", acrescentando que a 99 deve mudar de nome para Didi, para globalizar a marca.

O "New York Times" destacou o preço, mais baixo do que chegou a ser especulado, US$ 600 milhões. E foi o único a citar que o "furo" mundial, há duas semanas, foi do site "The Information".

À VENDA

A "Caixin" anotou em dezembro que a PetroChina vai agora às compras nas redes de postos de gasolina do Brasil.

De acordo com o "NYT", a Petrobras, "embora os preços do petróleo tenham subido fortemente nos últimos meses" no mundo, vendeu participação "em grandes campos brasileiros" para petroleiras ocidentais e quer fazer o mesmo com seus campos na Nigéria.

EXCELENTE

No noticiário dos EUA sobre o pagamento de US$ 2,95 bilhões pela Petrobras a investidores americanos, que processavam a estatal argumentando com a operação "Car Wash", ecoou sobretudo a nota do advogado dos acusadores, saudando o "resultado excelente", até "histórico", para os seus clientes.

Outros advogados americanos, ouvidos em duas reportagens pelo "WSJ", se mostraram surpresos com a aceitação pela estatal de "número tão grande" e disseram que "muitos casos" assim caem durante o processo.

COREANOS

Em editorial intitulado "Coreanos reduzem o volume", sem diferenciar norte e sul-coreanos, o "NYT" saudou a abertura de diálogo entre os dois líderes.

E contrastou com Donald Trump, que "começou o ano com um acesso apocalíptico", sobre o seu "botão nuclear maior e mais poderoso".

Crédito: Reprodução/'New York'

MAGGIE RESENHA

Sobre o livro antiTrump "Fire and Fury", adiantado com grande repercussão pela revista "New York" (acima), a repórter de Casa Branca do "NYT", Maggie Haberman, leu e disse que é muito "fino, mas legível", com "várias coisas que são verdade e várias que não são".

O "Washington Post" também se mostrou desconfiado.

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