Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

A dez dias da eleição em Israel, Bolsonaro não entrega embaixada

Em meio às 'comemorações' do golpe, NYT destaca que Sergio Moro 'se recusou a dizer se o termo ditadura é historicamente preciso'

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Na chamada do israelense Haaretz, em hebraico, “Israel esperava pela embaixada, mas presidente brasileiro anunciou um escritório de comércio em Jerusalém”. Antes, na versão em inglês, “Netanyahu recebe Bolsonaro, dias antes da eleição”.

O Yedioth Ahronot, na versão em hebraico, deu chamada para a frase otimista do premiê Binyamin Netanyahu, que no dia 9 enfrenta uma votação, desta vez, mais disputada: “O primeiro passo para a embaixada em Jerusalém”.

Posteriormente, por Jerusalem Post e outros, com Reuters, o Itamaraty também torceu a notícia para soar um pouco melhor, “Brasil diz que escritório aberto em Jerusalém é parte da embaixada”.

Pesquisa noticiada pelo portal ultraconservador Arutz Sheva no domingo apontou o partido do oposicionista Benny Gantz saindo das eleições com mais cadeiras que o de Netanyahu, mas com a soma da direita ainda à frente.

PS 12h - Abaixo, a capa da edição impressa do Haaretz, em inglês, nesta segunda (1º), com a chamada para a frustração com o "escritório de negócios" e abrindo foto de manifestação contra Bolsonaro em Israel, com imagens de Marielle Franco:

haaretz

MORO E A DITADURA

Em extensa reportagem sobre a decisão de Bolsonaro de “comemorar o golpe militar”, o New York Times destacou, sobre seu ministro da Justiça:

"Sergio Moro chamou em 2017 a ‘ditadura militar’ de ‘grande erro’. Nesta semana, porém, o ex-juiz se recusou a dizer se os termos ‘golpe’ e ‘ditadura’ são historicamente precisos.”

PODER MODERADOR

O Financial Times, que já classificou o chanceler Ernesto Araújo como “tecnocrata”, em oposição a “ideológico”, agora publica que os “Generais brasileiros são vistos como voz de moderação”.

Aliás, “num país com história de vices subindo ao cargo mais alto, analistas se perguntam se o general Hamilton Mourão já não é um presidente em espera” (president-in-waiting).

GUEDES & KEYNES

No G1/GloboNews, o jornalista Valdo Cruz noticia que, “Para combater o desemprego, governo prepara medidas para acelerar economia”. A equipe do ministro Paulo Guedes informa que “não vai ficar esperando a aprovação da reforma da Previdência para fazer o país voltar a crescer” e “está elaborando medidas”, como mais crédito às empresas.

A resposta em mídia social foi, na ironia do jornalista José Paulo Kupfer: “Nada como uma boa crise para transformar ultraliberais em keynesianos”.

PROBLEMA SEU

Na sexta (29), Mark Zuckerberg escreveu no Washington Post (acima), admitindo erros e pedindo regulação governamental do Facebook, e a sua número 2, Sheryl Sandberg, escreveu no New Zealand Herald, fazendo o mesmo sobre o massacre transmitido no Facebook Live.

Não conseguiram apoio, pelo contrário: "Não, obrigado, prefiro a Primeira Emenda", tuitou a FCC, agência de telecomunicações dos EUA.

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