Com Donald Trump, 74, sob risco de morte, os principais veículos americanos acionaram cobertura extensiva. O anúncio foi feito pelo próprio perfil de Twitter do presidente (acima), perto de uma da manhã em Washington.
As manchetes digitais são praticamente as mesmas, "Trump e primeira-dama testam positivo para o coronavírus", assim como a avaliação imediata nas páginas iniciais —de que "joga a liderança da nação e sua campanha de reeleição na incerteza", no New York Times, ou "injeta nova incerteza na já tumultuada reta final da campanha", no Wall Street Journal.
Na CNN, "o diagnóstico é a ameaça à saúde mais séria para um presidente em décadas e lança EUA em nova convulsão". A MSNBC, de oposição, arriscou que deve adiar a mudança na Suprema Corte. A governista Fox News buscou projetar otimismo, destacando que o casal está "bem" e Trump disse que vão "atravessar isso juntos".
O Washington Post se manteve mais crítico, ressaltando na home page que a notícia vem "após meses em que o presidente minimizou uma pandemia que matou 205 mil americanos". O Drudge Report, que vinha com cobertura crítica, foi mais informativo e reverente, chamando a atenção para a Casa Branca em quarentena.
Até onde foi possível levantar, a informação não entrou nas edições impressas dos jornais de maior penetração, da Costa Leste dos EUA, mas alguns diários do Meio Oeste e da Costa Oeste conseguiram:
Do NYT à Fox News, o noticiário americano anotou que o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, e o presidente Jair Bolsonaro já tiveram a doença —e que o brasileiro a chamou de gripezinha, "measly cold".
Como começou a fazer com mais atenção, a cobertura retratou a repercussão internacional, avaliando que a doença do presidente dos EUA "deixa o mundo abalado".
Novamente, o destaque foi para a reação do editor-chefe do Huanqiu/Global Times, ligado à ala nacionalista do PC, Hu Xijin, para quem o presidente e a primeira-dama "pagam o preço de sua aposta por minimizar a Covid". Ele prevê "impacto negativo na imagem de Trump e dos EUA".
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