Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá

Sob crítica nos EUA, papa vai ao Iraque 'implorar perdão e reconciliação'

Invasão americana do país completa 18 anos neste mês de março, após novo ataque militar ordenado por Biden

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Sete dias depois do ataque ordenado pelo católico Joe Biden à fronteira da Síria com o Iraque, o papa Francisco desembarca nesta sexta-feira (5) em Bagdá, "como peregrino penitente, para implorar perdão e reconciliação".

É o que ele afirma, em vídeo divulgado em mídia social com legendas em árabe, entre outras línguas:

Nos Estados Unidos, que ocupam o país há 18 anos, jornais como New York Times e Wall Street Journal noticiaram criticamente, enfatizando que o papa resolveu viajar "apesar das preocupações sobre pandemia e segurança", ele que "poderia atrair grandes multidões".

Os cristãos, anota o NYT, estão "reduzidos a um terço do milhão e meio que viviam lá nos últimos anos do governo de Saddam Hussein".

No final do longo texto, o jornal registra que "a população cristã do Iraque já foi uma comunidade vibrante, mas foi abatida por uma década de guerra após a invasão dos EUA em 2003".

A DERROTA

Perto dos 20 anos da invasão do país, a New Yorker desta semana traz a extensa reportagem "Última saída do Afeganistão" (acima), antecipando-se à retirada que começaria já em abril.

E o Washington Post destaca em coluna que "Biden tem que aceitar a derrota", avisa de uma ofensiva talibã prestes a começar e afirma que "a única opção" é assinar o acordo negociado, para evacuar as tropas ocidentais e o "governo condenado".

BOLSONARO CONTRA O MUNDO

Em editorial que ecoa uma declaração do médico brasileiro Miguel Nicolelis a seu correspondente, o WP leva ao título que "O terreno fértil do Brasil para variantes é uma ameaça ao mundo inteiro".

Afirma que "o vácuo de liderança de Jair Bolsonaro deu ao vírus uma abertura para se espalhar", facilitando as mutações, e fecha com um aviso: "O que acontece no Brasil não fica no Brasil".

SPUTNIK NA EUROPA

Do russo Komsomolskaya Pravda ao alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung, a imprensa europeia deu atenção ao anúncio de que a vacina Sputnik V está em testes, afinal, pela agência de saúde da União Europeia.

Já em uso por alguns países da região, a vacina foi aprovada nesta quinta (4) pelo 45º país no mundo, o Iraque.

PREOCUPAÇÃO CHINESA

A vacinação na China chegou a 52 milhões, só atrás dos EUA, noticiou o Caixin —destacando porém, na manchete, que o "Ritmo é grande preocupação, alerta especialista" de Xangai.

O site financeiro vem dedicando mais atenção ao esforço de acelerar a vacinação chinesa, com quatro imunizantes e outros a caminho, do que ao início das "duas sessões" legislativas em Pequim —que concentram a cobertura até no Ocidente, caso do WSJ, com a imagem abaixo:

Abertura de uma das sessões legislativas na China, na quinta, 4 de março de 2021 - AFP

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