No tuíte do repórter do New York Times, "a briga começou sob Trump, mas prosseguiu sob Biden". Começou "nas últimas semanas" do ex-presidente e avançou pelos cinco primeiros meses do atual.
Trump buscou acesso a emails do jornal, Biden manteve a ação e obteve ordem judicial para impedir que o editor Dean Baquet soubesse.
"É ruim o bastante forçar a revelação de fonte, mas acrescenta insulto o governo amordaçar o jornal que luta para proteger suas fontes", declarou um dos advogados do NYT, ao Washington Post.
Baquet criticou Trump e Biden pelo "ataque à Primeira Emenda" constitucional nos EUA, que veda restrições à liberdade de expressão.
Sally Buzbee, nova editora do WP, que enfrentou episódio semelhante, também citou a Primeira Emenda e cobrou: "Nós chamamos o governo Biden a um relato completo do que aconteceu e a implementar proteções". O próprio publisher, Fred Ryan, se somou a ela, em artigo.
A porta-voz de Biden soltou então nota dizendo que "ninguém da Casa Branca sabia". E o Departamento de Justiça soltou nota dizendo que não vai mais à Justiça para "obter informações sobre fontes".
Mas a submanchete de domingo no NYT (reprodução acima) já foi para liberdade de expressão, cobrando a organização ACLU (União Americana pelas Liberdades Civis) pelo afastamento da questão que a projetou historicamente:
"Ouve-se marcadamente menos da ACLU sobre liberdade de expressão hoje em dia. Seus relatórios anuais destacam seu papel como líder na resistência contra Trump, mas as palavras 'Primeira Emenda' e 'liberdade de expressão' não são encontradas."
BIDEN VS. ASSANGE
Por jornais como o direitista londrino Daily Mail e o esquerdista parisiense L'Humanité e agências como AFP, a companheira e advogada de Julian Assange, Stella Moris, acelerou o esforço para tirar o fundador do WikiLeaks da cadeia, "dias antes de decisão judicial" sobre recurso apresentado pelo governo Biden para mantê-lo preso.
O esforço inclui Genebra, para onde Assange poderá se mudar se conseguir liberdade, segundo a cobertura suíça.
DE TRUMP PARA BOLSONARO
O presidente brasileiro foi lembrado no noticiário americano sobre a extensão do veto do Facebook a Trump por dois anos. "Tem implicações não só para a política americana, mas para líderes como Jair Bolsonaro, do Brasil", anotou o NYT, entre outros.
CRIANÇAS MORTAS
Com a ilustração acima, artigo no NYT questiona o que leva tantas crianças brasileiras a morrer de Covid, responsabiliza o governo Bolsonaro pelo despreparo e afirma que é um alerta para outros países, EUA inclusive.
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