Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Acredite que a tecnologia cria um futuro melhor, diz Elon Musk aos chineses

'Enquanto não formos complacentes, o futuro da humanidade, impulsionado pelo poder da tecnologia, será brilhante', escreve o empresário em artigo para revista mensal de Pequim

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Com o título acima, Elon Musk, CEO da Tesla, publicou um artigo de três páginas na revista mensal China Wangxin, da Administração do Espaço Cibernético, o órgão fiscalizador ou, como destacado nos EUA por Bloomberg e outras, censor da internet chinesa.

Saiu na edição de julho, mas só foi repercutir na imprensa ocidental neste final de semana, com sua divulgação pelo Substack do jornalista Yang Liu, Beijing Channel, tanto em chinês como vertido ao inglês.

Dizendo-se grato por poder "compartilhar alguns dos meus pensamentos sobre tecnologia e visão humana com meus amigos chineses", Musk faz uma defesa do progresso e, depois, uma descrição do que pretende com suas empresas. Abrindo o artigo:

"À medida que a tecnologia se acelera, ela pode um dia superar a compreensão e o controle humanos. Algumas pessoas são otimistas, algumas são pessimistas. Mas eu acredito que enquanto não formos complacentes e mantivermos o senso de urgência, o futuro da humanidade, impulsionado pelo poder da tecnologia, será brilhante. É como uma profecia auto-realizável: se os humanos querem tornar o futuro bom, eles devem agir para torná-lo bom.

"Espero fazer o nosso melhor para maximizar a contribuição para a realização de um futuro melhor para a humanidade por meio da ciência e da tecnologia. Por esta razão, qualquer campo que ajude a alcançar o desenvolvimento sustentável no futuro vale nosso investimento. Seja Tesla, Neuralink ou SpaceX, o objetivo final é melhorar a qualidade da vida humana no futuro e criar valor mais prático tanto quanto possível —a Tesla visa acelerar a transformação para a energia sustentável, a Neuralink, para a reabilitação médica, a SpaceX, para tornar possível a conexão interestelar."

Na sequência, desenvolve os tópicos "Energia limpa: o futuro do desenvolvimento sustentável", "Robôs humanóides: fazendo o que os humanos fazem", "Neuralink: empoderando as pessoas com deficiência" e "Exploração espacial: a possibilidade de habitats interplanetários". E encerra com um convite aos negócios:

"Espero que mais pessoas se juntem a nós na luta para acelerar a transformação do mundo para a energia sustentável. Também dou as boas-vindas a mais parceiros chineses com ideias semelhantes para se juntarem a nós na exploração de energia limpa, inteligência artificial, cooperação homem-máquina e exploração do espaço, e juntos criarmos um futuro promissor."

ANT TAMBÉM

Musk não foi o único nem talvez, do ponto de vista da China, o mais importante empresário de tecnologia a escrever na nova edição da revista. O CEO do grupo fintech Ant, Xiandong Jing ou Eric Jing, publicou "Trazendo pequenas mas belas mudanças para o mundo".

Segundo o South China Morning Post, Xiandong escreve que o Ant "forneceu ferramentas digitais para pequenas e micro empresas que são úteis e baratas" e, no futuro, "servirá melhor ao desenvolvimento econômico e social geral da nação e contribuirá para seu desenvolvimento digital inclusivo e sustentável".

A publicação do artigo, anota o jornal, coincide com o momento em que "Pequim diminui seu escrutínio regulatório do setor de internet, iniciado em 2020, quando os reguladores arquivaram abruptamente os IPOs duplos de US$ 34,5 bilhões do Ant em Xangai e Hong Kong". Tanto Ant como SCMP são vinculados ao gigante Alibaba.

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