O portal russo Yandex se concentra na investigação do atentado que matou a jornalista Daria Dugina, com a agência Tass despachando que o crime foi premeditado e sob medida, pelo que confirmou a polícia.
O Argumenty i Fakty destacou que as câmeras do estacionamento onde explodiu a bomba foram tiradas de funcionamento. O canal RT, na versão em russo, ouviu parlamentares e outros apontando "sabotagem, terrorismo" (abaixo).
A porta-voz da chancelaria russa, Maria Zakharova, escreveu no Telegram, ecoando por Gazeta.Ru e outros veículos, que, "se o rastro ucraniano for confirmado, então devemos falar sobre a política de terrorismo de estado de Kiev".
A Ucrânia não assumiu, mas americanos como Bloomberg, Wall Street Journal e Fox News já priorizam que "Zelenski avisa sobre escalada russa depois que filha de aliado de Putin foi morta por bomba". Ele diz que será uma semana "cruel".
O New York Times manchetou que o "carro-bomba", como descreve, "injeta incerteza na guerra" e "pode derrubar esforço para manter normalidade" na Rússia. Trata Dugina por "comentarista 'falcão' que se batia contra o Ocidente".
LUFTWAFFE!
O tabloide alemão Bild, de direita nacionalista, atravessou a semana cobrindo e exaltando a "histórica" viagem de seis caças do país para exercícios militares ao lado de Japão e EUA, na Austrália.
"A Luftwaffe quer provar que pode estar em qualquer lugar, mesmo no Pacífico!", escreveu a repórter que segue o grupo, citando Taiwan. "É a maior operação da Luftwaffe desde a Segunda Guerra Mundial!"
DEPENDÊNCIA
O portal Guancha, de Xangai, e depois o jornal Global Times, de Pequim, questionaram o envio dos caças, sublinhando que outros jornais alemães e até o francês Le Monde criticaram a Alemanha —que deveria ser autossuficiente e consciente de sua força militar, sem "fingir ser um gigante". O Guancha chegou a dar manchete, com foto de um dos aviões pintado com as bandeiras alemã, japonesa e americana.
Por outro lado, a agência Reuters informou que a "Dependência alemã da China está crescendo em ritmo tremendo", na economia, referindo-se ao primeiro semestre.
FIM
No domingo, Brian Stelter fez a despedida do programa sobre jornalismo da CNN (acima) e Margaret Sullivan escreveu "Minha última coluna" sobre o tema no Washington Post.
Em meio à politização do noticiário, a crítica de mídia vai sumindo nos EUA, com o fim da função de ombudsman no mesmo WaPo e no NYT —e mais recentemente com a saída do colunista Ben Smith do mesmo NYT para um veículo que promete ser, este sim, "imparcial".
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