No site Politico, voltado aos bastidores de Washington, "A Ucrânia telegrafou sua grande contraofensiva por meses. Então cadê ela?" (abaixo). Em suma, afirma a extensa reportagem:
"Há dois meses a Ucrânia vem sinalizando a intenção de recapturar Kherson, no que foi anunciado como uma grande contraofensiva e o momento em que Kiev vira a maré contra a Rússia. Mas o ritmo lento e algumas decisões intrigantes fizeram até mesmo os analistas mais atentos se perguntarem onde ela foi parar."
Quase ao mesmo tempo, o ministro russo da Defesa, Serguei Shoigu, falou numa exposição militar que "o mito das superarmas" americanas se dissipou com seu uso "sem efeito significativo" na Ucrânia. Dele, segundo a russa RT:
"Inicialmente, tratava-se do sistema antitanques Javelin e de alguns drones. Mais recentemente, os sistemas de foguetes Himars foram promovidos ao papel de superarmas pelos [veículos] ocidentais. No entanto, todas essas armas estão sendo trituradas em batalha."
Um dia depois, no evento, Vladimir Putin ofereceu as armas russas, inclusive para o Brasil, que acaba de comprar o Javelin. Sublinhou que "quase todas" já foram usadas em combate e declarou, no relato da americana Fox News:
"A Rússia preza sinceramente os laços históricos fortes e de confiança verdadeira com os estados da América Latina, Ásia e África e está pronta para oferecer a seus parceiros e aliados os mais modernos tipos de armas. De pequenas a veículos blindados e artilharia, aviões de combate e veículos aéreos não tripulados."
Como um vendedor, garantiu que "muitas delas estão anos à frente de suas homólogas estrangeiras".
Já cliente e também presente na exposição russa, a Índia agora "vai usar a tecnologia do míssil hipersônico Zirkan" para fabricar no país um similar, através da empresa indo-russa BrahMos.
No destaque do Jagran, um dos principais jornais do país, em hindi, "Míssil Zirkan é capaz de derrotar o chinês DF-26", com "características tais que o inimigo estremeceu".
ÍNDIA TAMBÉM VAI
A informação de que a China participaria de "jogos de guerra" na Rússia, em duas semanas, foi noticiada na Índia com outro destaque. Em jornais com Hindu e Hindustan Times e o portal India Today, "Índia e China enviarão tropas à Rússia para exercício militar conjunto".
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