Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Rússia, China e Índia buscam 'crescente maioria não ocidental'

'Este não é mais um mundo unipolar, não é mais um mundo em que o Ocidente tem a palavra final', diz assessor chinês

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O financeiro russo RBC noticiou, sobre o telefonema, que Lula e Vladimir Putin "expressaram confiança de que a parceria entre os dois países continuará a se desenvolver com êxito em todas as áreas" —e ficaram de "manter contato".

Segundo o site do Kremlin, isso abrange "a cooperação na arena internacional, inclusive no âmbito do Brics". A conversa ecoou por indianos como The Print, salientando terem tratado das "relações estratégicas Brasil-Rússia" e lembrando que o brasileiro "planeja visitar a China no início do mandato", não só os EUA.

No Internacional Banker, a projeção de maior 'desdolarização' no ano que vem, entre emergentes
No Internacional Banker, a projeção de maior 'desdolarização' no ano que vem, entre emergentes - Reprodução

No site russo RT, a coluna do acadêmico Dmitry Trenin avalia que "a hostilidade ocidental em relação à Rússia dissipou ilusões residuais sobre a Europa Ocidental e a América do Norte e deu poderoso impulso à reorientação da política de comércio exterior para Ásia, Oriente Médio, África e América Latina."

Antevê, para a Rússia, "uma política externa intimamente engajada com a crescente maioria global de países não ocidentais".

Na mesma direção, em entrevista ao South China Morning Post, Huang Ping, do "principal órgão consultivo da China", disse que o país deve agora "focar no mundo emergente", exemplificando com o encontro sino-árabe da semana passada:

"Este não é mais um mundo unipolar, não é mais um mundo em que o Ocidente tem a palavra final."

BRICS & MUÇULMANOS

O indiano Economic Times noticia que o chanceler S Jaishankar, em visita aos Emirados Árabes, tratou da "futura cooperação no âmbito do Brics e da OCX", a Organização para Cooperação de Xangai, hoje presidida pela Índia.

Falou ainda com o colega do Irã, que prepara visita a Nova Déli e também negocia se filiar a Brics e OCX. Outros sites indianos informam que o Egito "se juntou à campanha de desdolarização" do bloco, entrando para o Banco do Brics.

E a revista londrina International Banker destaca "Por que o bloco Brics vai representar um papel econômico crucial no mundo em 2023" (imagem no alto), sobre ações de "desdolarização" no comércio entre emergentes:

"Talvez o desenvolvimento recente mais significativo do bloco seja a confirmação de que os cinco países-membros estão explorando seriamente a introdução de uma moeda de reserva do Brics."

Reprodução/Financial Times

FIM DE ERA

Na mídia financeira ocidental, Bloomberg, Reuters e Financial Times (acima) anotam a "vantagem substancial" obtida por Lula com "duas vitórias-chave", uma "permitindo aumento de investimento social", a outra derrubando "mecanismo da era Bolsonaro", o "secret budget".

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