Nelson de Sá

Correspondente da Folha na Ásia

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Nelson de Sá
Descrição de chapéu toda mídia

Autoridades anônimas não acreditam na própria história para Nord Stream

'É como cadáver em reunião de família', diz europeu ao Washington Post; todos podem ver, mas 'é melhor não saber'

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Semanas após o jornalista Seymour Hersh rir e descrever a história como forjada para desviar atenção, "autoridades alemãs" agora dizem que o veleiro supostamente usado para explodir o Nord Stream, que levava gás russo ao país, seria um "chamariz, para distrair dos verdadeiros perpetradores".

Foi o que publicou o Washington Post, em reportagem com apuração em Washington e Berlim, entre outras. "Autoridades dos Estados Unidos dizem que compartilham o ceticismo alemão de que seis tripulantes num veleiro tenham colocado os explosivos."

No Washington Post, mais uma vez, a foto do veleiro supostamente envolvido na explosão do gasoduto Nord Stream - Reuters/Oliver Denzer

Segundo autoridade alemã, anônima como as demais, a atenção ao barco veio depois que "o país recebeu uma 'dica muito concreta' de um serviço de inteligência ocidental". A fonte "se negou a identificar o país que compartilhou a informação".

O veleiro, no dizer do jornal, "deixou um rastro de migalhas de pão", evidências que passaram a ser vistas como suspeitas. E agora "autoridades ocidentais não estão ansiosas para descobrir quem bombardeou", encerra o WaPo:

"Em reuniões europeias e da Otan, as autoridades estabeleceram um padrão, disse um diplomata sênior europeu: 'Não fale sobre Nord Stream'. Veem pouca vantagem em se aprofundar e encontrar uma resposta incômoda, disse, ecoando o sentimento de vários colegas em outros países. 'É como cadáver em reunião de família', disse o diplomata. Todos podem ver que há um corpo ali, mas fingem que as coisas estão normais. 'É melhor não saber.'"

EUA DEIXAM JAPÃO FURAR TETO

O Wall Street Journal destaca que "Tóquio ganhou exceção às normas que prendem as nações do G7" e "compra petróleo russo acima do teto". Mais especificamente, no texto, "o Japão conseguiu que os EUA concordassem com a exceção", que não vale para "aliados europeus".

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