Nosso estranho amor

Paixões, desencontros, estabilidade e loucuras segundo Anna Virginia Balloussier, Pedro Mairal, Milly Lacombe e Chico Felitti. Uma pausa nas notícias pra gente lembrar tudo aquilo que também interessa demais.

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Gi e PH: sorte no amor, azar na Copa do Mundo

Eles viram todas as partidas juntos, inclusive a balofa goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil

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São Paulo

A seleção brasileira começou bem a Copa do Mundo de 2014. Meteu um 3 a 1 contra a Croácia. Mas Giovanna Paltrinieri Oliveira até hoje não consegue lembrar do placar assim de cabeça. Estava nervosa demais para focar nisso.

Ela gostava muito desse menino, Paulo Henrique, o PH. E ele dela, a Gi. Naquela quinta-feira, o time de Neymar, David Luiz e companhia entraria em campo pela primeira vez. No Dia dos Namorados. O dia em que Paulo Henrique Melo da Costa pediu Giovanna, a colega de um colégio particular de Guarulhos (SP), em namoro.

Os noivos Giovanna Oliveira, 21, e Gustavo Henrique Melo da Costa, 24, se conheceram na Copa de 2014 Foto: Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Ela nem ia muito com a cara dele no início, achava metido. Até que rolou. Deu o primeiro selinho da sua vida em PH, data que guarda até hoje: 10 de fevereiro de 2014.

Na estreia verde-amarela naquela Copa, PH trouxe um urso panda gigante de pelúcia pra ela e se sentou no sofá para assistir ao jogo de braços cruzados, sem saber bem como agir. Os dois se empanturraram de salgadinhos e refrigerante, sob supervisão dos pais de Giovanna.

Ela tinha 13 anos, ele, 15. Um namorico de escola que começou com um papo no Facebook e virou compromisso naquele dia.

Sorte no amor, azar no jogo. Viram todas as partidas juntos, inclusive a balofa goleada de 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil. "A gente ficou sem acreditar", ela lembra. "Levantei pra ir no banheiro, e quando voltei já tinham sido dois gols. Perguntei pra ele se era replay."

Replay eles tiveram em 2018, repetindo o ritual de assistir à Copa coladinhos. Os brasileiros não passaram das quartas-de-final. O casal fará igual neste ano, agora com os pais dela como convidados de PH, e não anfitriões. "Virou um culto mesmo pra gente", conta Giovanna.

Em agosto, o rapaz fez uma surpresa. Preparou estrogonofe, o prato predileto de Gi. De sobremesa, uma palha italiana que ela já tinha feito. O analista em sistemas de informação esperou a namorada chegar da faculdade de publicidade, ajoelhou, abriu a caixinha com o anel e fez a pergunta de resposta mais óbvia do mundo. Claro que Gi queria casar com ele.

O casamento deve acontecer numa fazenda em 2024, exatos dez anos depois do primeiro beijo. Gi está empolgada com a organização, ganhou até o status de "super noiva" no Casamentos, um app que ajuda a planejar a festança. Lua de mel na Itália, cerimônia ao ar livre no verão, terracota de cor-tema. Tudo como ela sempre sonhou.

Giovanna também é bastante ativa no fórum das noivas de lá. "O que faria você levantar o cartão vermelho no dia do seu casamento?", quis saber uma delas. "Penetras! Convidados bebendo além da conta e sendo inconvenientes", reagiu a futura esposa de PH.

Ela era um bebê, e ele, uma criança que mal tinha largado a fralda, quando a seleção canarinho levantou pela última vez a taça Jules Rimet, em 2002.

Não têm qualquer memória do Brasil campeão do mundo. Taí um presente de casamento que Gi e PH gostariam muito de ganhar. Quebra essa, Tite.

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