O primeiro álbum de figurinhas de uma Copa do Mundo foi lançado no Brasil em 1950, ano em que fomos derrotados pelo Uruguai na partida final. O álbum foi produzido pela Fábrica de Balas A Americana, criadora das famosas "Balas Futebol".
O álbum trazia uma "carimbada" por página —figurinhas que eram fabricadas em menor quantidade e, portanto, mais difíceis. Em meados da década de 1970, uma lei acabou com as figurinhas difíceis. Elas passaram a ser impressas em quantidades rigorosamente iguais.
As "Balas Futebol" fizeram a alegria de muitos garotos entre 1938 e 1960. As figurinhas vinham como brinde das balas, mas as guloseimas nem despertavam tanto interesse. As balas eram horríveis, açucaradas. Muita gente comprava só pela figurinha, e jogava fora as balas.
Vamos abrir os pacotinhos agora e tirar algumas curiosidades lá de dentro?
Brasil
A empresa italiana Panini começou a fazer álbuns de Copas em 1970. No Brasil, o primeiro álbum de Copa da Panini foi lançado em 1990. Várias editoras lançaram álbuns de Copas até 1986. Na Copa de 1982, o álbum mais famoso foi o da Ping-Pong. As figurinhas vinham enroladas nas gomas de mascar (e ficavam meio amassadinhas no álbum). A Ping Pong repetiu a ideia quatro anos depois, na Copa do México.
Mulheres
O primeiro álbum da Copa do Mundo feminina foi lançado em 2011, mas apenas na Alemanha, país anfitrião do torneio. O primeiro lançado no Brasil foi o da Copa de 2015, disputada no Canadá. Mas a distribuição não chegou a ser mundial. Ele foi vendido em apenas 25 países.
Está lá, mas não está
Como as figurinhas são produzidas bem antes do anúncio das listas oficiais de inscritos, há inúmeros casos de jogadores que estampam figurinhas, mas acabam fora da competição. E isso não é algo recente. Na Copa de 1974, o lateral brasileiro Carlos Alberto Torres foi cortado por causa de problemas no joelho. Na Copa seguinte, em 1978, o goleiro Raul não foi chamado. Mas os dois estão lá nos respectivos álbuns.
Isso só acontece com jogadores da Seleção Brasileira? Que nada! Vitorioso técnico, o espanhol Josep Guardiola teve figurinhas nos álbuns das Copas de 1994, 1998 e 2002. Só disputou a de 1994.
Rapidinhas
O lateral angolano Jacinto Pereira não foi à Copa de 2006, mas a sua figurinha estava lá. Com um detalhe curioso: a data de nascimento era 30 de fevereiro de 1973 (!!!). Só tivemos 30 de fevereiro três vezes na história: 1712 (na Suécia), 1930 e 1931 (na União Soviética). Jacinto nasceu, na verdade, em 10 de dezembro de 1974.
A foto do volante paraguaio Edgar Barreto foi trocada no álbum da Copa de 2006. Saiu a imagem do irmão dele, o goleiro Diego Barreto. A Panini logo percebeu o erro e trocou a foto depois de algum tempo. As figurinhas erradas acabaram ficando valiosíssimas.
Em 2014, o atacante costarriquenho Joel Campbell saiu reclamando que, mesmo comprando 500 envelopes, não encontrou a sua figurinha.
Na Copa de 2002, os brasileiros Antônio Carlos, Dida, Mauro Silva, Vampeta e Zé Roberto estão na versão europeia do álbum, mas não na brasileira.
Repetida
O primeiro álbum da Copa do Mundo feminina foi lançado em 2011, mas apenas na Alemanha, país anfitrião do torneio. (Epa, essa informação aqui é repetida! Ai, ai, ai... Isso sempre pode acontecer quando o assunto é figurinha...)
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